• Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Assine nossa newsletter
Scot Consultoria

Cartel do leite continua agindo em Rondônia, denuncia AROM

Cartel do leite continua agindo em Rondônia, denuncia AROM


Produtores de leite em Rondônia podem abandonar a atividade por conta da desvalorização do produto pelas indústrias lacteis. O alerta foi feito novamente pelo presidente da Associação Rondoniense de Municípios (AROM) e prefeito de Alvorada do Oeste, Laerte Gomes. Ele pondera que, mesmo após denúncias, os laticínios permanecem sob o controle de apenas dois grupos que impõem preços combinados, conforme informam produtores. Para a entidade, trata-se de clara atuação de um poderoso cartel no setor. Na última semana, o dirigente da AROM visitou vários produtores da região Central do estado, para saber como anda o relacionamento deles com os laticínios. E o que eles têm denunciado, segundo o gestor, é que as empresas ainda estariam mantendo preços abusivos no que chamam de cartel do pagamento do leite. “Atualmente, o litro de leite está sendo pago ao valor de R$0,54 a R$0,55 centavos, com diferença a menor de R$0,20 centavos do preço praticado no Estado de Minas Gerais, por exemplo”, disse. A falta de incentivos, a ausência de concorrência no setor e a mancomunação dos laticínios, apontados pelos produtores foram denunciados pela AROM ainda no ano passado. Na ocasião, a entidade acionou a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), através do senador Acir Gurgacz (PDT/RO). Juntamente com a entidade, o parlamentar realizou quatro audiências públicas oficiais da Casa de Leis Federal em Rondônia, para ouvir os produtores. Mesmo com a mobilização da CRA, associações rurais e prefeitos, as indústrias não passaram a pagar preço justo aos produtores. Para Laerte Gomes, “se os órgãos reguladores, fiscalizadores e controladores, governo do estado e governo federal não tomarem providências urgentes, muitos produtores pararão de entregar leite. Alguns já pensam em desenvolver outra atividade rural”. O representante dos municípios também observa que “tem que haver uma regulação desses preços. Os laticínios não podem continuar fazendo o que querem com tantos produtores, sendo que, o leite é um dos pilares da economia de Rondônia”. A AROM acredita que medidas urgentes, tomadas pela Secretaria de Agricultura do Estado (SEAGRI), com a participação dos órgãos fiscalizadores, podem solucionar o problema. O presidente da associação lembra que o setor merece mais atenção por parte das autoridades, para garantir que os produtores que levantam de madrugada para tirar leite, que é a sua principal fonte de renda, possam receber o valor compensatório. Fonte: ImpactoRondônia.com. Pela Redação. 1 de março de 2012. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja