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Scot Consultoria

Empresas cortam produção de potássio


Segunda-feira, 5 de março de 2012 - 09h45

As principais produtoras de potássio do mundo cortaram sua produção temporariamente para reduzir os estoques mundiais e manter estável o preço do fertilizante. Os estoques de cloreto de potássio aumentaram 20% em janeiro, para 3 milhões de toneladas - o maior volume desde janeiro de 2010, segundo dados do TFI (instituto internacional de fertilizantes). Em relação ao mesmo período do ano passado, os estoques cresceram 50%. O preço permanece em torno de US$500 por tonelada - patamar verificado pelo menos desde abril de 2011. Mas, diante de uma demanda abaixo do esperado neste início de ano, gigantes do setor se organizam para evitar queda de preço. Na semana passada, a Potash anunciou a parada, por quatro semanas, de duas de suas principais minas no Canadá -Rocanville e Lanigan. Juntas, elas têm capacidade para produzir 6,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano, metade da capacidade total da empresa, de 12 milhões de toneladas. Semanas antes, a americana Mosaic anunciou corte de 20% na sua produção de potássio entre fevereiro e maio. A russa Uralkali também avisou que reduziria a produção no primeiro trimestre devido à instabilidade provocada pela crise na Europa. O hemisfério Norte dita, nesta época do ano, a demanda por fertilizantes. Como o plantio da principal safra de grãos no Brasil ocorre a partir de outubro, o pico de demanda por adubo deve ocorrer entre julho e setembro. Até lá, os estoques locais são suficientes para atender à demanda, segundo Carlos Eduardo Florence, diretor da AMA (Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil). Por isso, o corte na produção não deve trazer impactos ao mercado brasileiro. Mas a medida deve, de fato, evitar que os preços caiam, afirma. Queda pontual Além das incertezas envolvendo a Europa e os impactos na China, a desvalorização das commodities é um dos motivos de vendas fracas. Para elevar os volumes, as indústrias esperam muito dos emergentes como Índia, China e Brasil -neste último, as vendas de fertilizantes bateram recorde em 2011. A expectativa é que, à medida que a necessidade de compra nesses países aumente, as vendas subam. A IFA (associação internacional da indústria de fertilizantes) prevê alta de 3% no consumo mundial de cloreto de potássio neste ano, para 30 milhões de toneladas, segundo David Roquetti Filho, diretor-executivo da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos). "É metade da expansão de 6,4% verificada em 2011, mas ainda assim será um resultado positivo para o setor", diz. Fonte: Folha de São Paulo. Por Tatiana Freitas. 3 de março de 2012.
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