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Estados querem ajuda da União no controle sanitário de fronteiras


Quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012 - 09h13

A primeira reunião do ano do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri) discutiu hoje em Porto Velho, Rondônia, a necessidade de reforçar a defesa agropecuária na região Norte do país. O presidente do Conseagri, e representante da Bahia, Eduardo Salles, disse que a principal deliberação do encontro foi o pedido de incluir a defesa agropecuária no Programa Sentinela, do Ministério da Defesa, que tem como meta coibir o tráfico de armas e drogas provenientes de países vizinhos e outros ilícitos nas fronteiras. A proposta será levada ao Ministro da Agricultura e Pecuária, Mendes Ribeiro Filho, no próximo encontro do Conseagri, marcado para 2 de abril, em Brasília. A grande preocupação é evitar a entrada de pragas, principalmente dos países que fazem fronteira com a região Norte. Uma delas é monilíase do cacaueiro, um fungo inexistente no Brasil, mas presente em quase todos os países da América do Sul. O fungo Moniliophthora roreri ataca a parte periférica do fruto e estraga as amêndoas. Segundo Manfred Willy Müller, coordenador-técnico científico da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a monilíase é mais agressiva que a vassoura-de-bruxa, praga que dizimou a produção da Bahia no passado. O Estado é o maior produtor de cacau do país. “O risco é mais iminente de o fungo entrar no Acre, próximo da fronteira com o Peru”, diz Eduardo Salles. O temor é que a praga atinja o Norte, já que o Pará é o segundo maior produtor da amêndoa, e depois avance para a Bahia. Segundo o presidente do Conseagri, assim como o fungo que ataca a produção de cacau, existem 144 pragas nos países vizinhos à região Norte que podem entrar no país, caso não haja uma atenção adequada de defesa nas fronteiras. “As barreiras precisam funcionar para que a gente possa se prevenir dessas pragas”, afirma. O país não tem variedades resistentes a essas pragas e nem controle químico adequado. Fonte: Valor Econômico. Por Carine Ferreira. 28 de fevereiro de 2012.
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