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Noroeste de MT reivindica isenção


Sexta-feira, 16 de dezembro de 2011 - 09h19

A produção de arroz da safra 2011/2012 da região noroeste, de Mato Grosso, pode ser comprometida caso os rizicultores não consigam escoar o excesso do produto armazenado nos silos desde a última safra. Para contornar o problema, produtores do município de Juara (709 quilômetros a médio norte), juntamente com o diretor de Relações Institucionais do Sistema FAMATO, Rogério Romanini, se reuniram ontem, com o governador do Estado, Silval Barbosa. O objetivo do encontro foi solicitar ao governo a isenção da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na comercialização do produto desta região para outros estados do país. Segundo Romanini, a medida emergencial pretendida pelos produtores do noroeste Estado é para o período de 120 dias. A região abrange os municípios de Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Colniza, Cotriguaçu, Juara, Juína, Juruena, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, Rondolândia e Tabaporã. “Com essa medida, os produtores vão conseguir esvaziar os armazéns e guardar o cereal da próxima safra, cuja colheita ocorre em meados de fevereiro de 2012”, informou Romanini. Na reunião, o governador se comprometeu a avaliar a situação e verificar uma forma de escoar o arroz que está sobrando nos armazéns. “Estamos com os silos abarrotados de arroz. Estamos comercializando abaixo do custo de produção”, disse o produtor Ben Hur Cabrera. Segundo ele, se o governo do Estado não tomar providência para facilitar o escoamento da produção, mais gente vai sair da atividade. Entre os principais motivos para a estagnação da comercialização no noroeste de Mato Grosso estão os gargalos logísticos e os baixos preços do mercado. A maior parte do mercado beneficiador se encontra em outras regiões do Estado. Conforme levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os polos de beneficiamento estão em municípios do médio norte, centro-sul e sudeste do Estado. O Imea identificou também que a média de preço pago pelo arroz ficou em torno de R$28,20 a saca, conforme pesquisa de mercado feita de 16 a 21 de novembro. Desta forma, a receita bruta por hectare, considerando a produção de 60 sacas por hectare, fica em torno de R$1,69 mil – não atingindo, portanto, nem o custo da produção do cereal, estimado em R$1,94 mil/ha. A cultura do arroz também está sendo muito usada para a reforma de área de pastagem na região noroeste. Porém, os custos de produção somados aos da recuperação de pastagem atingem R$3,20 mil/ha – o que torna a atividade inviável para os pecuaristas que viam o arroz como uma forma de ajudar a resolver o problema de reforma de pasto. Para a safra 2011/12 de Mato Grosso, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima uma redução de 45,8% na área destinada ao cultivo de arroz, passando de 256 mil hectares para 138,8 mil hectares. A produção também deve diminuir, indo de 795,9 mil toneladas para 416,4 mil toneladas – uma queda de 47,7%. Fonte: Diário de Cuiabá. Pela Redação. 15 de dezembro de 2011.
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