O grupo de guerrilheiros “Exército do Povo Paraguaio” (EPP), que atua no norte do país, divulgou na última terça-feira à noite um comunicado em que ameaça os agricultores que utilizam inseticidas químicos no cultivo de soja. O manifesto foi anunciado na emissora de rádio local Ñandutí, de Assunção. "Fica terminantemente proibida a fumigação e o envenenamento dos grandes cultivos de soja, que estão afetando a saúde de comunidades dos arredores", afirmou o documento, que também exigiu "dos grandes agroexportadores o abandono imediato dessa prática".
"Se persistirem na destruição do meio ambiente, adoecendo nossos irmãos campesinos, seremos implacáveis com vocês", ameaça o grupo. O EPP exigiu que a polícia "deixe de apontar suas armas contra o povo" e convidou os policiais a "se incorporarem de forma imediata às filas do EPP".
O fiscal antissequestro Alejo Vera afirmou à imprensa que há especialistas do governo "analisando o conteúdo e o estilo do comunicado, comparando-o a outros manifestos similares difundidos recentemente". Mas ele ponderou que não pode dar mais detalhes.
O EPP atua nos departamentos de San Pedro e Concepción, no norte do país, onde vigora o estado de sítio. Um grupo de aproximadamente 200 militantes e policiais tenta capturar seus membros, que, segundo o ministério do interior, não superam 40 guerrilheiros.
Fonte:
Agência Estado. Pela Redação. 24 de novembro de 2011.
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