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Scot Consultoria

MT amplia liderança


Sexta-feira, 11 de novembro de 2011 - 09h18

A produção mato-grossense de grãos e fibras pode ficar ainda maior na safra 11/12. Números do segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), divulgados ontem, mostram que o total estadual poderá contabilizar um adicional de 240 mil toneladas sobre as 31,42 milhões projetadas no mês passado durante a apresentação do primeiro prognóstico do governo federal para a nova temporada. Com este novo levantamento a produção sobe para 31,66 milhões de toneladas, volume que ratifica o Estado na posição de líder nacional. Se confirmada a projeção, o Estado baterá novo recorde de produção fechando o atual ciclo com volume 2,3% superior ao então recorde de 30,94 milhões de toneladas da safra passada. Com a expansão dos números, motivada pela sojicultura e cotonicultura, o Estado não apenas assegura a liderança como amplia sua vantagem sobre o rival Paraná que segue com projeção negativa, recuo de até 7,3% ante o total de 32,44 milhões de toneladas que o manteve líder em 10/11. O primeiro estudo apresentado em outubro já devolvia a Mato Grosso a liderança. Com a nova projeção, a produção estadual será responsável por 20% do total nacional, estimado em 160,52 milhões de toneladas (-1,5%), ante, participação de 19% no ciclo anterior. A disposição revelada pelo produtor estadual poderá garantir também outro recorde, o de maior área cultivada em uma safra. Como aponta a Conab, o incremento poderá atingir 4,5%, de 9,63 milhões de hectares da safra passada para um intervalo atual que pode ir de 9,96 milhões a 10,07 milhões de hectares. De acordo com técnicos da CONAB, o bom momento das cotações internacionais para o milho, soja e até mesmo ao algodão (este último teve um 2011 excepcional em relação aos preços), motivam a expansão das lavouras. No caso de Mato Grosso, a maior parte dos novos hectares são incorporações de pastagem degrada. Outro fator preponderante à expansão territorial da safra 11/12 é o clima, como observa o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha, “neste ano, as chuvas começaram na época certa e estão permitindo a realização do plantio na época correta, diferente do que ocorreu no ano passado, quando as chuvas atrasaram em importantes regiões produtoras do Centro-Sul,”, esclarece Rocha. Em Mato Grosso, a ausência das chuvas retardou em um mês o plantio da soja e isso teve repercussão direta sobre o milho segunda safra. O plantio do cereal se dá sobre os mesmos hectares ocupados pela soja. Na medida em que se colhe a soja se planta o milho e qualquer retardo na sojicultura, reduz a janela de plantio do milho, que por sua tem área plantada menor ou menor produtividade. Mato Grosso contabiliza expansão nas suas principais culturas, soja e algodão, das quais se mantém por mais uma temporada líder nacional. A sojicultura será responsável por 28,8% do total nacional (72,96 milhões de toneladas). Pela Conab, o estado amplia em 6% a área plantada, de 6,39 milhões de hectares para 6,78 milhões (números em conformidade com o estimado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o IMEA) e em 3% a produção que mais uma vez quebrará o recorde, saindo de 20,41 milhões de toneladas para 21,02 milhões. O algodão em pluma deverá apresentar área plantada 12% acima do registrado na safra passada. A estimativa é de que saia de 723,5 mil hectares para 810,3 mil. A produção da fibra segue a tendência de alta e deve ficar 17,9%, de 934,8 mil toneladas para 1,10 milhão. Com estes números, Mato Grosso será responsável por 81% da produção do Centro-Oeste, prevista para 1,35 milhão de tonelada e 50% do total nacional, 2,14 milhões de toneladas. Diferente do projetado pelo Imea para o milho segunda safra, que atingiria a cobertura de 2 milhões de hectares (+14%) e uma produção de mais de 8,90 milhões de toneladas (+27%), a CONAB prevê a manutenção da área em 1,83 milhão de hectares e uma produção 1,3 inferior, de 7,16 milhões de toneladas ante 7,25 milhões da última safra. O arroz é a única entre as principais culturas mato-grossenses com projeção negativa. A área passaria de 256 mil hectares para 204, recuo de 20% e a produção de 795,9 mil toneladas para 614,4 mil, queda de 22,8%. Condições adversas do mercado como câmbio, cotações e pacotes tecnológicos podem ter influenciado a tomada de decisão do rizicultor. Fonte: Diário de Cuiabá. Por Marianna Peres. 10 de novembro de 2011.
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