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Conab confirma colheita menor na safra 2011/12


Quinta-feira, 10 de novembro de 2011 - 09h23

Apesar de o Ministério da Agricultura dar ênfase ao potencial da produção brasileira de grãos em 2011/12, as previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam uma queda na colheita em relação ao ciclo passado. O volume total deve ficar entre 157,2 milhões e 160,5 milhões de toneladas, queda de 3,5% e 1,5%, respectivamente, frente as 162,9 milhões da temporada passada. A Conab avalia que a estimativa de queda da produção ainda não é suficiente para deixar os preços mais elevados, o que pressionaria a inflação. O resultado foi apresentado ontem pela Conab, em Brasília. A expectativa do ministério é que haja uma melhora das condições climáticas, o que impulsionaria a produtividade. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, disse que a safra tem condições de ser muito maior que o ciclo recorde de 2010/11. "É tudo questão de metodologia. Estamos usando uma projeção mais conservadora", diz. A previsão meteorológica para o próximo trimestre, conforme dados do próprio ministério, mostra que devido à manifestação do fenômeno La Niña, a região Sul continua com grande probabilidade de uma precipitação abaixo da normal para a região. Essa previsão, de acordo com o ministério, mantém os produtores do Rio Grande do Sul em alerta sobre a possibilidade de falta de chuva na época do enchimento de grãos do milho e do desenvolvimento e floração da soja. Apesar de os dados da Conab indicarem uma queda na produção para o ciclo atual, a companhia ainda não vê sinais de alta na inflação puxada por alimentos. "As quebras acontecem em produtos pouco usados na alimentação", afirmou o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Carlos Bestetti. Segundo ele, arroz e feijão, muito usados na alimentação, estão com estoques grandes, e o governo faz compras e vendas, por meio da Conab, para controlar a demanda. Os dados oficiais mostram, porém, que o estoque de arroz em casca nesta safra é de 1,3 milhão de toneladas, o menor volume desde a safra 2006/07. Já o feijão está com o menor estoque desde a temporada 2009/10, 665 mil toneladas. Apesar de o Brasil sempre importar grande parte do trigo consumido, o volume estocado é o menor desde 2007/08, 1,1 milhão de toneladas. Na contramão, o consumo promete ser o maior da série histórica iniciada em 2006/07 - com 10,4 milhões. Entre as culturas que devem sofrer as maiores reduções de área está o arroz, que deve perder entre 5,2% e 2,3% em relação à safra anterior, quando chegou a 2,8 milhões de hectares. O motivo está no aumento dos custos de produção e na descapitalização dos produtores, de acordo com avaliação do superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Airton Camargo. Fonte: Valor Online. Por Tarso Veloso. 10 de novembro de 2011.
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