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Produtor vê escassez de mão de obra


Terça-feira, 8 de novembro de 2011 - 09h27

Francisco Gonçalves de Assis nasceu no Maranhão, em 1968. De lá para cá já trabalhou com garimpo no estado de Goiás, com agricultura no Sul do Brasil, esteve no comércio em São Paulo e atualmente presta serviços na fazenda Taiúva. Apesar de se ausentar de casa todo ano, não esconde a saudade da família, que ficou no Nordeste. Desde maio em Mato Grosso, Francisco já pensa em voltar para casa. Este êxodo é uma das principais queixas dos produtores na "nova fronteira agrícola" do estado. A carência de mão de obra qualificada para a agricultura na região, nesta época de plantio, faz com que trabalhadores sejam "importados" de outras regiões do Estado ou mesmo do país. O trabalhador rural explica que precisa sair do Maranhão para conseguir um trabalho bom. "Lá no Maranhão é fraco de emprego. Eu quero voltar para minha casa em dezembro e ficar por lá dois meses antes de procurar um trabalho em outro lugar", afirma. A família, segundo ele, está à sua espera em casa. O gaúcho Canisio Froelich, proprietário das fazendas Juliana e Taiúva, critica a falta de mão de obra, mas não se permite desanimar diante do potencial da região. "A mão de obra é ruim na nova fronteira. A tecnologia evolui sempre, mas as pessoas no campo, às vezes, não sabem operar. Mesmo com esse problema, a região tem muito potencial", diz. O administrador da fazenda Taiúva, Jair Schneider, informa que a distância da fazenda atrapalha na hora de contratar mão de obra. Mesmo com a reclamação de Jair, a estrutura da Taiúva impressiona. São 78 funcionários morando na fazenda, que conta com igreja, refeitório, alojamentos e campo de futebol. O mesmo problema preocupa o produtor Carlos Alberto Petter, proprietário da fazenda Estrela do Sul. Ele elege a mão de obra como primeiro fator para limitar o crescimento de sua produtividade. "Ainda falta mão de obra qualificada aqui. Eu mesmo conserto meus tratores, planto, construo, colho", explica. Nesse contexto, o produtor Miguel Blanco no município de Canarama, é uma exceção à regra. Nos 550 hectares de sua fazenda, trabalham apenas cinco pessoas - ele, dois filhos e dois netos. "Aqui é tudo em família". Fonte: Valor Online. Pela Redação. 8 de novembro de 2011.
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