Produção nacional de trigo deverá diminuir 12,8% em 2011

De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de trigo deverá diminuir 12,8% em relação à safra de 2010, chegando a 5,1 mil toneladas. Até novembro, quando termina a colheita do cereal, o número poderá variar em função das condições climáticas. No estado de Minas Gerais, a colheita foi concluída com 102 mil toneladas. Na avaliação do produtor Eduardo Abrahin, vice-presidente da Associação dos Triticultores do Estado de Minas Gerais (Atriemg), a média de rendimento das lavouras foi de 90 sacos por hectare. O número representa volume 10% menor do que a safra anterior, mas, segundo Abrahin, a qualidade do cereal é até 50% superior. “A força de glúten chega a 300, um trigo melhorado que está com toda a safra praticamente vendida entre R$540,00 e R$600,00 a tonelada”, afirma. Já no Distrito Federal e em Goiás, o trigo ocupou, aproximadamente, 15 mil hectares, em áreas irrigadas com pivô central: uma redução de 20% na área plantada em relação 2010. A colheita, realizada nos meses de agosto e setembro, resultou em boas produtividades, quando as melhores lavouras alcançaram em torno de 115 sacos por hectare. Ainda assim, segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, Julio Cesar Albrecht, as produtividades foram 10%inferiores à safra anterior, principalmente em função das altas temperaturas durante todo o ciclo da cultura. “A maioria das lavouras foram colhidas no período seco, sem a ocorrência de chuvas, o que favoreceu a qualidade dos grãos e, conseqüentemente, favoreceu a comercialização. Os produtores estão vendendo a sua produção entre R$37,00 e R$42,00 por saco de 60kg”, conta Albrecht. No Mato Grosso, mesmo com um potencial para 40 mil hectares na triticultura, em 2011 foram apenas 240 hectares de trigo irrigado, localizados em Lucas do Rio Verde. Segundo a Empaer, o rendimento foi de 60 sacos por hectare, com força de glúten de 315. De acordo com a Conab, as geadas ocorridas no final do mês de junho prejudicaram as lavouras do Paraná, Mato Grosso do Sul e de São Paulo, por estarem em fase de floração e enchimento de grãos, gerando queda na produtividade. Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 24 de outubro de 2011.
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