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Volume das chuvas vai ditando ritmo e amplia a área plantada


Quinta-feira, 13 de outubro de 2011 - 09h03

Com exceção do nordeste mato-grossense, que entrou mais uma semana sem semear nenhum hectare, a nova safra de soja no Estado segue em ritmo superior ao registrado em igual período do ano passado. Com cenário totalmente diferente, quando a estiagem ainda segurava as colheitadeiras nos galpões, agora, as chuvas ditam o ritmo dos trabalhos que se espalham a cada semana na medida em que as precipitações se intensificam. Dos mais de 6,78 milhões de hectares estimados para serem cobertos nesta temporada, cerca de 380 mil estão semeados com a oleaginosa. Mato Grosso, maior produtor do grão no Brasil, deu início ao plantio entre os dias 16 e 17 de setembro, logo após o fim do período proibitivo à cultura, no dia 15 do mesmo mês, o vazio sanitário. As propriedades localizadas em Sapezal (460 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) abriram a sojicultura 11/12 do Brasil. A expectativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) é de uma colheita de 21,52 milhões de toneladas neste novo ciclo, volume que se confirmado supera em 4,6% os 20,56 milhões da safra anterior. Conforme o IMEA, no comparativo semanal, a colheita cresceu 4,3 pontos percentuais e atingiu uma média de 5,6% de área plantada, o que representa cerca de 380 mil hectares cultivados. “Nesse mesmo período da safra 10/11 a porcentagem plantada representava 1,7% da área do Estado (6,41 milhões de hectares), número que aponta que o plantio está à frente em relação ao anterior”. Os dois municípios que se destacam são Sapezal, com 18% de sua área cultivada. Dos 367 mil hectares, 66 mil estão cobertos e Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá), que chega a 10%, ou 61,4 mil dos 612 mil hectares previstos. O IMEA observa ainda que nas mesmas condições de clima instável apresentam-se Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, que também dão andamento ao plantio inicial da soja, que com a normalidade das chuvas investirão mais tempo e maquinário para finalizar o plantio. “Como os institutos de meteorologia prevêem um maior volume de chuva para a segunda quinzena de outubro, o momento em que a totalidade dos produtores estará plantando será após esse período, quando os números evoluirão de forma exponencial”. Mais do que uma boa safra para a soja, o clima e o ritmo dos trabalhos são importantes indicadores de que também haverá uma boa segunda safra aos produtores. O plantio precoce tem como objetivo, além de reduzir a exposição das lavoras ao fungo da ferrugem asiática, poder fazer duas temporadas no verão, ou uma segunda safra com milho ou com algodão, culturas com preços internacionais em elevação e firmes. Como o milho ou o algodão são cultivados na medida em que a soja é colhida, o tempo é determinante no campo. No ano passado, a estiagem retardou o plantio da soja, as chuvas retardaram a colheita do grão e isso tudo levou os produtores a plantarem milho fora do período ideal, a chamada “janela de plantio”, que se fechou em 28 de fevereiro. Depois desta data, o cereal corre sérios riscos de não receber volume suficiente de água para o desenvolvimento e assim, corresponder com a produtividade esperada. Fonte: Diário de Cuiabá. Por Marianna Peres. 11 de outubro de 2011.
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