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Na corrida pelo etanol de 2ª geração


Segunda-feira, 10 de outubro de 2011 - 09h15

Países da Europa, os Estados Unidos e o Brasil estão investindo pesadamente na rota de biocombustível de segunda geração, o que permitiria aumentar a produção sem interferir no acréscimo da área plantada de cana. Para o Brasil, avançar na rota do etanol celulósico significaria ampliar sua liderança nesse segmento. Hoje, nos canaviais, o biocombustível é produzido a partir do caldo da cana, processo chamado de primeira geração. O que se estuda é produzir agora o etanol celulósico, de segunda geração, nome do processo que converte em combustível os dois terços da biomassa da cana-de-açúcar (bagaço e palha) atualmente não utilizados pela indústria. Com a tecnologia, que aproveita restos da planta, pode ser possível aumentar o rendimento do processo industrial em 60%. Apesar dos investimentos maciços em diversos locais do mundo, o processo ainda não foi desenvolvido com viabilidade econômica. "Em cinco anos é possível que se chegue a um biocombustível competitivo nessa nova maneira de fabricação", afirma Nilson Boeta, diretor da VTT no Brasil, que vai pesquisar a rota, em parcerias com universidades locais. Nessa corrida, estão grandes empresas do setor de petróleo e gás, como a Petrobras e a British Petroleum (BP) e a DuPont. As duas últimas formaram, em 2009, a joint-venture Butamax, focada na produção de biobutanol a partir da cana, de milho, de trigo, de celulose ou de algas. O governo brasileiro está de olho também no segmento. Uma das iniciativas na área é o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), criado em 2009 em Campinas, que trabalha para reforçar a liderança brasileira no setor de fontes renováveis. Em breve, no laboratório, será inaugurada uma planta piloto em escala industrial, para avaliar diversas rotas tecnológicas de etanol de segunda geração. "Queremos estudar as várias aplicações que podem existir, por exemplo, na indústria da química verde", diz Marco Aurélio Pinheiro Lima, diretor do CTBE. (R.R.) Fonte: Valor Online. Pela Redação. 10 de outubro de 2011.
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