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Leite longa vida ganha competitividade com dólar alto, diz ABLV


Quinta-feira, 29 de setembro de 2011 - 09h25

A recente valorização do dólar ante o real deve ajudar o leite longa vida nacional a recuperar sua competitividade, além de estimular os produtores nacionais, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), Laércio Barbosa. – O dólar a R$1,50 não era um valor real para o câmbio brasileiro e estava provocando um problema muito grande para o país inteiro, da desindustrialização até desestímulo ao produtor – afirma. Segundo ele, o produto nacional tem preço de US$0,60 o litro no exterior, enquanto o de países como o Uruguai, a Argentina e a Nova Zelândia vale, em média, US$0,50 o litro. – Vemos agora um ciclo benéfico com a correção do câmbio. Se o dólar se estabelecer entre R$1,80 e R$2,00, seria bom para todo o setor. A torcida é grande por isso – complementa. Barbosa explicou que a desvalorização do dólar ante o real estimulou as importações de lácteos e derivados, principalmente da Argentina e do Uruguai. Para ele, neste ano, mesmo com a recente alta do dólar, as importações desses itens deverão ser recordes, de um bilhão de litros de leite somente em leite em pó e queijos. Já a balança comercial do setor deve fechar o ano com um déficit de US$500 milhões. Até agosto, o déficit soma US$300 milhões, o dobro do ano passado, segundo o presidente da ABLV. – No caso do leite longa vida, as importações são praticamente inexistentes, mas estamos apoiando o setor e junto ao governo para que seja colocado um freio nas importações, que poderia ser pela inclusão de cotas definidas de itens oriundos da Argentina e do Uruguai – disse Barbosa, que esperava um resultado favorável ao Brasil na reunião do dia 28, entre representantes do governo do país e da Argentina sobre a renovação do acordo de limitação voluntária das exportações de leite argentino para o mercado brasileiro. Para ele, uma reversão do déficit da balança comercial do setor deverá acontecer no longo prazo não somente com essas medidas, mas com o aumento da produtividade nacional. – Temos de investir na captação do leite e pagar ao produtor um preço justo para recuperar os prejuízos que o câmbio provocou no setor – ressaltou. Fonte: Agência Estado/Notícias Agrícolas. Pela Redação. 29 de setembro de 2011.
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