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Scot Consultoria

Conab reduz a estimativa para safra de café em 2011


Quarta-feira, 14 de setembro de 2011 - 09h14

Como esperado, o governo revisou para baixo sua estimativa para a produção de café neste ano. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2011/12 deve somar 43,15 milhões de sacas de 60 quilos, uma queda de 0,9% em relação à estimativa anterior e de 11,4% sobre o volume colhido no ano passado. O corte na previsão é reflexo de uma pequena estiagem em algumas regiões produtoras no começo do ano. O problema afetou o desenvolvimento dos grãos, o que só foi diagnosticado após o início da colheita. Mesmo assim, a safra é a maior da história para um ano de baixa de produtividade no ciclo bienal do café. A nova estimativa da Conab teve um impacto apenas limitado sobre os preços internacionais da commodity. Em Nova York, os contratos com vencimento em dezembro chegaram a subir mais de 1% após a divulgação dos números, mas cederam em meio ao recrudescimento das preocupações com a crise econômica. No fim do dia, era cotados a US$2,7030 por libra-peso, uma desvalorização de 65 pontos ou 0,23%. Com mais de 95% da safra já colhida, observa o analista da consultoria Safras & Mercado, Gil Barabach, as atenções do mercado agora se voltam para o desenvolvimento da próxima safra, que será colhida em 2012. "A expectativa é de uma produção recorde. É um ano de alta no ciclo bienal, e o produtor fez investimentos na lavoura. A questão é saber como o clima vai se comportar." A meteorologia prevê chuvas para o último terço do mês, o que deve favorecer a floração das lavouras - o primeiro indicador sobre o potencial produtivo da nova safra. "Se tudo correr bem", diz Barabach, "os preços tendem a se estabilizar e podem até ceder um pouco. Caso contrário, podemos ver uma nova escalada acima dos US$3 por libra-peso". A margem para perdas de produção é praticamente nula. Em 2010, o consumo de café do Brasil passou de 54 milhões de sacas - 19,5 milhões no mercado interno e quase 35 milhões exportadas -, para uma produção de 48 milhões de sacas. O déficit, que foi a regra também nos anos anteriores, praticamente zerou os estoques domésticos de café verde. "Nos últimos anos sempre contamos com os estoques para compensar a produção insuficiente. Nesta safra, não temos mais esse artifício", afirma Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes. Por isso, observa ele, os números finais da demanda para safra atual são uma incógnita. "Teoricamente, as exportações vão ter de cair, mas numa proporção inimaginável". Para Carvalhes, os preços, que praticamente dobraram nos últimos 12 meses, deverão se manter elevados "ainda que o Brasil colha uma safra maravilhosa no ano que vem". Fonte: Valor Econômico. Pela Gerson Freitas Jr. 14 de agosto de 2011.
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