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Doença do custo alto chegou ao agronegócio, diz Mendonça de Barros


Terça-feira, 6 de setembro de 2011 - 09h51

O economista José Roberto Mendonça de Barros chamou atenção para a elevação dos custos de produção da agropecuária brasileira, durante palestra no Fórum Internacional de Estudos Estratégicos para Desenvolvimento Agropecuário e Respeito ao Clima, que está sendo realizado nesta segunda-feira, 5, em São Paulo. "A doença dos custos altos, que é comum no setor industrial, está chegando ao agronegócio", disse. Para Mendonça de Barros, a problemas comuns no agronegócio brasileiro, como logística ineficiente, têm se somado outros como alta carga tributária, custo cada vez maior da energia elétrica e valor ascendente da mão de obra. "São problemas que têm que ser atacados, mas não serão resolvidos no curto prazo." Ele deu exemplo da elevação do custo de transporte da soja do Centro-Oeste para os portos do Sul e Sudeste do país. "Em março deste ano, 35% da receita gerada pela soja transportada ficaram na logística, ante média de 25% nos anos anteriores. Não é à toa que a produção está migrando para o Mapito, que tem um escoamento menos problemático", afirmou, referindo-se à nova fronteira de produção formada por Maranhão, Piauí e Tocantins, que pode ser escoada pelo Norte do País. O economista também alertou para a elevação dos custos da agropecuária em reais, que estão apertando as margens da atividade. "Ninguém está perdendo dinheiro, mas as margens estão ficando menores". No caso das commodities que têm seus preços balizados pelo mercado internacional, a elevação das cotações tem compensando o aumento de custos. Mas se houver uma quebra de produtividade por causa do clima, por exemplo, a situação pode se complicar, disse. Já produtores que fornecem para o mercado interno se veem em situação menos confortável. "Os produtores de arroz e suínos, por exemplo, estão tomando prejuízos." Mendonça de Barros avaliou que as commodities agrícolas devem continuar sustentadas por causa da demanda de emergentes como China e Índia e da desvalorização do dólar, que deve seguir "até onde a vista alcança". "Teremos preços dos alimentos elevados por algum tempo, é uma questão estrutural". Fonte: Agência Estado. Por Ana Conceição. 5 de setembro de 2011.
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