• Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
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Por soja, China fará "logística" no Brasil

Por soja, China fará "logística" no Brasil


Modernas rodovias cortam as áreas agrícolas chinesas. Das estradas, pode-se ver a concentração de guindastes em vários desses campos. A agricultura perde espaço para as indústrias, que exigem também a formação de novos bairros residenciais. Essa redução de área agrícola pode estar próxima de 100 mil hectares por ano, segundo algumas avaliações. Industrialização crescente e elevação de renda da população colocam novos consumidores no mercado. Como a produção de importantes produtos para o país, como o milho, evolui 3% ao ano, mas o consumo cresce 5%, o país terá um gargalo à frente. Cientes da demanda crescente por alimentos, os chineses miram o Brasil. Depois de várias tentativas de participação no mercado brasileiro, que foram da produção própria à compra direta de grãos dos agricultores, aprenderam que o "custo Brasil" exige uma tática diferente. Agora, os chineses dão sinais de que, para ter a garantia de alimentos, devem formar empresas com brasileiros na área de logística - portos, transportes etc. Foi o que manifestaram a produtores da Aprosoja (que reúne produtores de soja e de milho de Mato Grosso), que estiveram em visita àquele país asiático há uma semana. A necessidade chinesa é grande, e o Brasil deve se aproveitar desse apetite. É hora, no entanto, de o país não colocar apenas a matéria-prima nas negociações, mas também produtos de maior valor agregado. As metas das empresas chinesas são ambiciosas. O grupo Hope Full, que fornece 60% do óleo de soja de Pequim e tem moagem de 3 milhões de toneladas de soja por ano, se prepara para moer 8 milhões. É um dos interessados em investir em logística no Brasil. A Shiyang Group, criada como produtora de ração entrou em toda a cadeia de carnes, da produção ao varejo. Deve faturar 6 bilhões de yuans em 2014 (R$1,5 bilhão). Para chegar aos supermercados chineses, essas empresas passam pelo fornecimento de grãos do Brasil. Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 1 de setembro de 2011. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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