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Petrobras e São Martinho vão construir maior usina de etanol do mundo


Sexta-feira, 19 de agosto de 2011 - 09h09

A Nova Fronteira Bioenergia, joint venture da Petrobras Biocombustíveis (PBio) e do grupo paulista São Martinho, anunciou que foi aprovado pelo seu conselho o investimento de R$520 milhões para ampliar a moagem de cana da usina Boa Vista, de Quirinópolis (GO), dos atuais 2,35 milhões de toneladas para 8 milhões de toneladas. Com isso, a unidade se tornará a maior usina de etanol de cana do mundo, diz Miguel Rossetto, presidente da PBio. A previsão é de que o projeto saia do papel ainda este ano e seja concluído para a safra 2014/15. Com isso, a produção de etanol da unidade sairá dos atuais 210 milhões de litros para 700 milhões de litros, distribuídos igualmente entre anidro e hidratado. A cogeração de energia, atualmente em 220 mil MegaWatt/hora (MW/h), vai quase triplicar para 600 mil MW/h. A expectativa é de que do investimento total de R$520 milhões, em torno de R$400 milhões (76,9%) sejam de dívida, basicamente de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante, em torno de R$120 milhões, virá de capital próprio da Nova Fronteira, diz Fábio Venturelli, diretor-presidente da joint venture e CEO do grupo São Martinho. “Esse recurso já está em caixa”, diz o executivo referindo-se aos aportes já feitos e programados pela PBio na joint venture. A Nova Fronteira Bioenergia, que hoje também lançou oficialmente seu novo logotipo, foi formada em junho do ano passado com 51% do capital do grupo São Martinho, que entrou com os ativos da Boa Vista, avaliados em R$438 milhões. Os 49% restantes já foram comprados pela PBio que agora precisa aportar cerca de R$170 milhões para complementar os R$420,8 milhões totais para assumir de fato a participação já anunciada. A “nova” Boa Vista vai gerar 3 mil empregos diretos adicionais. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, voltou a afirmar ontem, em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, que a estatal poderá avançar em sua estratégia de aquisição de participações societárias em empresas produtoras de etanol no país. Segundo ele, este seria um movimento atrelado à possibilidade de construção de plantas próprias, em linha com o objetivo da companhia de incrementar de 5,3% para 12% sua fatia na produção nacional do biocombustível até 2015. Além da sociedade com a São Martinho na Nova Fronteira Bioenergia, a Petrobras tem participação nas empresas Total e Guarani. "Podemos aumentar essa participação em outras áreas, podemos ampliar os investimentos nessas empresas e podemos construir plantas novas da Petrobras. Todas estas possibilidades existem", afirmou Gabrielli. O executivo reiterou que é preciso reforçar a produção de etanol inclusive para a estabilização do preço da gasolina. Ele responsabilizou os problemas climáticos de 2008, que comprometeram a plantações de cana no Brasil e na Índia, principais produtores mundiais, pelo encarecimento doméstico da gasolina. Conforme ele, a formação de estoques para regular o mercado é um problema secundário. Fonte: Valor Online. Pela Redação. 18 de agosto de 2011.
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