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Brasil desponta como potência científica no setor agropecuário diante da nova economia


Quinta-feira, 14 de julho de 2011 - 09h35

A pesquisa em agricultura e pecuária no cerrado brasileiro é capaz de contribuir para o desenvolvimento do meio rural nas regiões tropicais do planeta, em consonância com os anseios de organizações e instituições internacionais, que defendem um novo modelo econômico baseado na baixa emissão de carbono para a atmosfera, no suprimento de energia limpa e renovável e na preservação de recursos naturais, o que, em síntese, costuma-se chamar de “economia verde”. Esse ponto de vista foi destacado pela Embrapa na conferência “Cerrado, Água, Alimento, Energia e Pesquisa Agropecuária”, realizada dia 11 na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento que está acontecendo na Universidade Federal de Goiás (UFG) e que reúne pesquisadores e estudantes do país e do exterior, além de autoridades políticas. De acordo com a Embrapa, algumas tecnologias desenvolvidas no país e que o tornaram referência em agropecuária tropical para o mundo vão ao encontro da “economia verde” e podem ser levadas para outras regiões do planeta. “O cerrado, ou savanas, estão presentes não só no Brasil e nós temos como contribuir para fazer nosso conhecimento emergir para locais como Colômbia, Venezuela e interior da África”, disse o representante da Embrapa. Dentre as tecnologias passíveis de disseminação para outros países e que se encaixam nos preceitos de uma economia com menos impactos negativos ao meio ambiente, foi citado o sistema plantio direto e o aprimoramento do manejo do solo; o controle integrado de pragas, que conjuga o combate de insetos nocivos às culturas com seus predadores naturais; e a integração lavoura, pecuária e floresta, que aumenta a produtividade por unidade de área e auxilia a reduzir o desmatamento. Contudo, a Embrapa ressalta que a pesquisa ainda não possui todas as respostas para equacionar plenamente questões colocadas no esforço por um desenvolvimento menos poluente, mas que o Brasil é um dos países, cujo peso da atividade econômica agropecuária e o conhecimento científico podem servir ao mundo. Cerrado Brasileiro Na SBPC, a Embrapa fez um panorama da evolução da agropecuária no cerrado brasileiro, a partir de meados do século passado, com a transição do paradigma da produção tradicional para a moderna, orientada por ganhos de produtividade, e dos fatores desse processo relacionados a políticas públicas, a arranjos institucionais e a investimentos para geração de conhecimento científico. O balanço desse empenho foi que a incorporação do cerrado ao sistema produtivo fez com que o bioma também contribuísse para que o agronegócio brasileiro avançasse a quase 30% de impacto em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e à geração de empregos no país, bem como à redução do preço de alimentos nas cidades e à presença marcante da agricultura familiar no abastecimento do mercado interno. Ainda como resultado desse panorama, a Embrapa citou o passivo causado sobre o meio ambiente no meio rural e a necessidade atual de se avançar nesse aspecto, conciliando a agricultura como provedora igualmente de serviços tanto sociais quanto ambientais. Existe a necessidade de valorizar o meio rural, com foco nos espaços de diálogos e convívios e voltados para uma perspectiva de pesquisa agrícola sustentável. Fonte: MAPA. Pela Redação. 14 de junho de 2011.
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