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Cade aprova fusão entre Sadia e Perdigão com restrições


Quinta-feira, 14 de julho de 2011 - 09h32

Sem unanimidade no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), está autorizada a fusão entre Sadia e Perdigão. Empresa e Cade negociaram restrições para evitar monopólio do mercado. A decisão é favorável à BR Foods por quatro votos a um, sendo o único voto contra do conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo. Para o conselheiro e vice-presidente do órgão, Olavo Zago Chinaglia, este é "o maior caso da história do Cade". "Não sabia que tínhamos capacidade de trabalhar tanto." Entre as medidas estabelecidas pelo Cade, fica proibida a criação de novas marcas pela BR Foods onde a marca premium for mantida. A marca Perdigão será suspensa no período de três a cinco anos em alguns mercados — a depender da relevância de sua participação no setor. A marca Batavo deixará de exisitir no mercado de carnes industrializadas, permanecendo apenas no setor de lácteos. As marcas Rezende, Wilson, Texas, Escolha Saudável, Fiesta Doriana e Delicata terão de ser vendidas. No total, aproximadamente 730 mil toneladas da capacidade produtiva da BR Foods serão alienadas. O vice-presidente para Assuntos Corporativos da Brasil Foods, Wilson Newton de Melo Neto, representante da empresa no julgamento, comemorou a decisão do órgão. "Preferimos acreditar no voto dos quatro conselheiros e não no conselheiro relator Carlos Ragazzo", avaliou o executivo ao final da sessão. Melo destacou, entre as medidas restritivas, a impossibilidade de criar novas marcas em quaisquer mercados onde houver atuação da Perdigão. Conselho Ricardo Machado Ruiz, idealizador do acordo, foi parabenizado pelo conselheiro Marcos Paulo Veríssimo pela liderança no processo. "Um dos principais méritos dessa decisão é separar o mercado nacional do internacional", avaliou Veríssimo. Além de elogiar a alienação de todas as marcas de combate da companhia, Veríssimo apontou que o conjunto de medidas adotadas é "mais que suficiente para criar novos players nesses mercados". Alessandro Octaviani Luis, conselheiro do Cade, destacou que o acordo só foi possível graças à mudança de atitude de todas as partes envolvidas nos casos. Carlos Ragazzo, o conselheiro relator do caso, embora tenha sido o único a votar contra, afirmou que a proposta final é "muito melhor que a apresentada a princípio". "A suspensão das marcas é uma solução heterodoxa, que pode ou não dar certo. Vamos saber disso daqui cinco anos", acrescentou. Fonte: Brasil Econômico. Por Bárbara Ladeia e Maeli Prado. 13 de julho de 2011.
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