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Scot Consultoria

Exportação de carne para Rússia cresce mesmo com embargo


Quarta-feira, 13 de julho de 2011 - 09h08

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, disse que o embargo russo a 85 frigoríficos de carne bovina, suína e de frango de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, iniciado em 15 de junho, não afetou nem deverá impactar nas exportações de carne bovina ao país. Do total de frigoríficos que tiveram os embarques suspensos, 25 produzem carne bovina. Segundo a Abiec, de janeiro a junho foram embarcadas 146,563 mil toneladas ao país, aumento de 3% ante as 142,832 mil toneladas comercializadas no mesmo período de 2010. Em receita, o montante somou US$658,5 milhões, alta de 38% com relação aos US$476,4 milhões do primeiro semestre de 2010. Por conta desse desempenho, a Rússia foi no período o principal mercado da carne bovina brasileira em faturamento. O preço médio praticado no período subiu 35%, para US$4.492/tonelada. Somente em junho, os embarques totalizaram US$126,828 milhões, alta de 49,28%. Em volume foram 27,999 mil toneladas, aumento de 17,7%. O preço médio praticado no período subiu 27%, para US$4.529/tonelada. "Não houve antecipação de embarques na primeira quinzena antes de o embargo começar. Pela capilaridade que temos no setor, conseguimos manter nossas exportações à Rússia por meio de unidades habilitadas de outras regiões", explicou Camardelli. Sobre a expectativa de retomar os embarques das unidades suspensas, a Abiec trabalha com informações do Ministério da Agricultura. "Soubemos que os dois países entraram em um entendimento e estamos sentindo um otimismo por parte do Ministério da Agricultura com a volta em breve das exportações dessas unidades. Agora, se o anúncio da retomada dos embarques será em 15 dias ou em um mês dependerá da boa vontade da Rússia", declarou o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio. "Para nós é um mercado muito interessante. É um país que compra e paga. Então tanto a indústria quanto o governo têm que centrar esforços para resolver essa situação o mais rápido possível", ressaltou Camardelli. China Camardelli, ainda disse que neste ano mais sete unidades deverão ser habilitadas para exportar para a China. "Até fevereiro, tínhamos somente cinco unidades autorizadas a vender ao país. A partir de março, esse número passou para nove. E mais sete estão na fila para serem habilitadas", disse o executivo, em coletiva de imprensa na sede da Abiec há pouco. Os frigoríficos estão localizados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. No primeiro semestre, o Brasil exportou 701 toneladas de carne bovina à China, aumento de 159% ante as 270 toneladas do mesmo período do ano passado. Já em receita, o montante foi de US$2,9 milhões, avanço de 278% com relação aos US$800 mil dos seis primeiros meses de 2010. Somente em junho foram embarcadas 333,8 mil toneladas, com receita de US$1,508 milhão. "Hoje, em maioria, a China compra do Brasil mais miúdos, mas estamos crescendo em carnes industrializadas. Precisamos identificar melhor esse mercado para ampliarmos mais nossa presença", disse Camardelli. A Abiec reafirmou que deve alcançar a projeção feita para o ano, de superar os US$5 bilhões de receita cambial de 2010. "Pelos números do primeiro semestre, com certeza conseguiremos alcançar o esperado", disse o presidente executivo da Abiec, Fernando Sampaio. A entidade não fez expectativas para volume no ano. Fonte: Agência Estado. Por Suzana Inhesta. 12 de julho de 2011.
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