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Monsanto e Sinochem discutem parceria, diz jornal


Terça-feira, 12 de julho de 2011 - 09h04

A companhia chinesa Sinochem e a norte-americana Monsanto estão discutindo aprofundar suas relações, afirmaram ao Wall Street Journal pessoas familiarizadas com a questão. A aproximação evidencia a crescente procura da China por produtos agrícolas e biotecnologia dos Estados Unidos. As duas companhias vêm conversando há meses, segundo as fontes, mas ainda não está claro que forma de acordo devem fechar. A parceria pode incluir mudanças na grande joint venture (associação) da qual as duas já participam, como a venda da participação minoritária da Monsanto ou um fortalecimento do papel da Sinochem no comércio de produtos da Monsanto na China. As fontes disseram que as discussões têm sido difíceis, por causa das sensibilidades econômicas e políticas das companhias. "Você tem de ser muito cauteloso e cuidadoso nessas situações", comentou uma das pessoas que pediram para não serem identificadas. "É tudo muito delicado." Um porta-voz da Sinochem afirmou que não tinha conhecimento do acordo envolvendo a Monsanto e se recusou a comentar mais. A Monsanto também não quis falar sobre o tema. Com valor de mercado de US$40 bilhões, a Monsanto domina o setor de biotecnologia agrícola, um mercado de 15 anos no qual é pioneira. A companhia patenteou genes presentes em 90% da soja produzida nos Estados Unidos e em cerca de 80% do milho do país. A estatal chinesa Sinochem, sediada em Pequim, tem um papel similar em seu país, onde é a maior importadora e distribuidora de fertilizantes, além de grande produtora de sementes. Foi fundada em 1950 e hoje registra mais de US$50 bilhões em receita anual, com operações que também incluem imóveis e finanças. A Monsanto participa desde 2001 de uma joint venture de sementes híbridas de milho com a China National Seed, da Sinochem. Mas a Monsanto, que em 2008 injetou US$84 milhões no negócio, possui participação minoritária. Um executivo da Monsanto reclamou no ano passado que o governo chinês continua proibindo companhias estrangeiras de investir em biotecnologia agrícola na China. A Sinochem não esconde o desejo de se fortalecer em tecnologia agrícola: em seu relatório anual de 2010, afirmou estar comprometida em se tornar uma líder global e a maior fornecedora de insumos e serviços agrícolas na China. Mesmo que as duas companhias cheguem a uma aliança, ela será conduzida com cuidado. Países como Canadá, Estados Unidos e Austrália aumentaram as proteções para a indústria interna, temendo que sua tecnologia seja levada por investidores estrangeiros, principalmente os chineses. Recentemente, os Estados Unidos se opuseram a um acordo de aquisição da companhia norte-americana de tecnologia 3Leaf Systems pela chinesa Huawei Technologies. As informações são da Dow Jones. Fonte: Agência Estado. Por Filipe Domingues. 11 de julho de 2011.
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