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Dilma diz que Brasil pode ser potência agrícola e ambiental


Segunda-feira, 20 de junho de 2011 - 09h08

A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta sexta-feira que o Brasil pode combinar desenvolvimento agrícola com proteção ambiental, em meio a temores com o aumento do desmatamento diante do texto do Código Florestal aprovado na Câmara e que agora está no Senado. "Não há contradição, nem pode haver, num país que quer ser potência agrícola, ele tem de ser também potência ambiental", disse Dilma a jornalistas após o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 em Ribeirão Preto (SP), evento acompanhado especialmente, por empresários do agronegócio. "Nós não somos a favor de desmatamento, não vamos compactuar com o desmatamento, e achamos que a agricultura nem a pecuária precisam disso", afirmou. Críticos do texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara Deputados em maio afirmam que ele anistia desmatadores e pode incentivar a destruição da floresta. Dilma já afirmou que vetará qualquer trecho do código que considere prejudicial ao país. O plano lançado pelo governo -que destinará 107,2 bilhões de reais em financiamento para a agricultura empresarial- prevê 3,15 bilhões de reais para produtores que investirem em técnicas de maior produtividade no campo com redução da emissão de gases do efeito estufa. "É possível ter compromisso com o meio ambiente e, ao mesmo tempo, ter um compromisso absolutamente inarredável com a agricultura e a pecuária", disse a presidente. Dilma citou o Brasil como uma potência na produção de alimentos e defendeu a necessidade de maior produção com menor uso de terra. Ao destacar a defesa ambiental, criticou outros países que alegam que o Brasil estaria desmatando a favor da agropecuária. "Aqueles que nos apontam muitas vezes tentando uma competição desleal... Nos apontam o dedo, vocês estão desmatando a Amazônia e produzindo cana-de-açúcar, são aqueles que tentam essa forma de competição desleal", disse no discurso. O plano destina ainda uma linha de crédito para financiamento da renovação e ampliação dos canaviais brasileiros. A medida é para atender a demanda crescente por etanol, com o avanço dos veículos flex, e permitir estabilidade dos preços do combustível. Dilma disse que a medida é "essencial para o país não perder sua posição em relação ao etanol". O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que produzem o combustível a partir do milho. Fonte: O Estado de São Paulo. Por Hugo Bachega. 17 de maio de 2011.
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