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BNDES libera R$2,7 bilhões para fábrica de celulose do JBS


Terça-feira, 7 de junho de 2011 - 09h28

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um crédito de R$2,7 bilhões para a Eldorado Celulose e Papel, empresa controlada pelo grupo JBS, para financiar parte da construção de uma fábrica em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. A notícia foi antecipada na edição desta segunda-feira, 6, do jornal O Estado de S. Paulo. O empreendimento, cujo investimento total é estimado em R$5,1 bilhões, deve ser a maior fábrica de celulose do mundo, informou o BNDES em nota. A unidade deve entrar em operação no final de 2012 e terá capacidade de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose de eucalipto por ano. A expectativa é que mil empregos diretos e quatro mil indiretos sejam criados pela fábrica naquela região. O apoio financeiro do BNDES equivale a 53% do valor total aportado nessa primeira linha da fábrica. O projeto prevê ainda outras duas linhas, cada uma com a mesma capacidade de 1,5 milhão de toneladas por ano. O BNDES informou que o financiamento cobrirá investimentos sociais na região onde será instalado o empreendimento. Um dos motivos do apoio do banco é incentivar a entrada de uma nova empresa no setor de celulose, no qual o Brasil tem se destacado no cenário internacional. O incremento na produção brasileira poderá aumentar as exportações brasileiras de celulose, influenciando positivamente a balança comercial, pontuou o BNDES. Ainda segundo o BNDES, a fábrica será autossuficiente em energia e ainda poderá vender um pequeno excedente (50 megawatts) de sua geração. A área onde a fábrica será erguida já foi utilizada para pastagens e fica próxima a reservas de eucalipto já constituídas. "O projeto adotará as mais avançadas tecnologias disponíveis no setor e as melhores práticas ambientais, de modo a permitir alta capacidade de produção com menor utilização de recursos naturais e geração de resíduos", atestou o BNDES. Uma das vantagens da localização do empreendimento na Região Centro-Oeste é o fácil acesso ao Rio Paraná, que permite o escoamento da produção por cabotagem até São Paulo, além da existência de ferrovias que interligam o Estado ao Porto de Santos, destacou o banco de fomento. O BNDES tem elevado os desembolsos para a indústria de celulose. Recentemente, concedeu uma linha de crédito para a Suzano, que vai construir uma fábrica no Maranhão. Só nós últimos dez anos, o banco liberou R$14 bilhões para empreendimentos de celulose. A carteira do banco para o setor acumula R$12 bilhões, incentivando investimentos que somam quase R$25 bilhões. O banco também tem sido um grande incentivador do grupo JBS, especializado em frigoríficos, principalmente no financiamento a aquisições no exterior. O grupo está diversificando seus investimentos através da participação da J&F Participações S/A, empresa holding da JBS S/A, na Eldorado. Fonte: Agência Estado. Por Alexandre Rodrigues. 6 de junho de 2011.
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