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Em Araçatuba, produtores rurais terão reforço policial


Quinta-feira, 12 de maio de 2011 - 09h38

Onda de roubos de gado e desossa para venda clandestina de carne preocupam pecuaristas. O crescente número de crimes ocorridos em propriedades rurais na região de Araçatuba, cidade distante 580 quilômetros da capital paulista, e que ostenta o título de "A Capital do Boi Gordo" vai colocar a Polícia Militar no campo. Na tarde desta terça-feira (10/5), diretores do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Polícia Militar e Polícia Ambiental se reuniram para traçar as estratégias de combate aos crimes rurais. Segundo Antonio Carlos Ferreira, presidente do Siran, as duas polícias se comprometeram a reforçar a segurança rural com pelo menos dez viaturas (seis da Polícia Militar e quatro da Polícia Ambiental) e elaborar um mapa mais eficiente de localização das propriedades, com coordenadas via GPS, para auxiliar as equipes a identificarem as propriedades com mais rapidez e evitar a onda de violência na região. Nas últimas semanas, produtores rurais tiveram suas fazendas invadidas por criminosos que, geralmente durante a madrugada, apartavam o gado, levavam as rezes para uma área isolada da propriedade, e abatiam os animais ali mesmo. O gado era desossado no pasto para a venda clandestina da carne. Em alguns casos, proprietários e funcionários foram rendidos pelos bandidos, amarrados e trancados nas casas-sede das fazendas e sítios. Pelo menos onze crimes semelhantes ocorreram na região, conforme a Polícia Militar Ambiental de Araçatuba. O prejuízo pode ultrapassar R$ 300 mil. Somente em uma das propriedades, os ladrões abateram 15 vacas em uma só noite. A Polícia Militar Ambiental de Araçatuba admitiu que existem falhas na segurança rural da região, devido à dificuldade de identificar as propriedades rurais, já que muitas delas possuem o mesmo nome. Segundo a corporação, essas propriedades estão passando por um novo mapeamento para serem denominadas por coordenadas para facilitar sua localização. Mas a polícia disse que o problema maior é que os agricultores e pecuaristas locais não costumam prestar queixa quando percebem que o rebanho foi desfalcado. "É importante que os produtores rurais registrem a ocorrência para que possamos investigar, caso contrário, não podemos trabalhar", afirmou o tenente da Polícia Ambiental local. O presidente do Siran afirmou que vai incentivar o produtor rural a se aproximar das polícias militar e ambiental para coibir os crimes rurais. "Eles não registram o boletim de ocorrência porque não acreditam na recuperação do prejuízo", disse ele. "Mas precisamos acabar com essa ideia, queremos segurança no campo". Fonte: Globo Rural Online. Por Viviane Taguchi. 11 de maio de 2011.
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