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Brasil pode gerar mais energia a partir da queima do bagaço de cana


Quarta-feira, 4 de maio de 2011 - 09h26

Estudo da Conab indica que ainda há pouca participação desta fonte energética no total do país. A energia elétrica gerada com a queima do bagaço de cana produzido pelas usinas de açúcar e de álcool tem potencial para aumentar no Brasil. É o que revela um estudo da Conab realizado após análise dos dados da safra 2009/2010. A pesquisa "A Geração Termoelétrica com a Queima do Bagaço de Cana-de-açúcar no Brasil" será apresentada em Ribeirão Preto/SP, durante a Agrishow, feira internacional de tecnologia agrícola que teve início nesta segunda-feira (02/05). Segundo o técnico da Conab, Ângelo Bressan Filho, o objetivo do estudo "é trazer um pouco de luz para uma questão estratégica para qualquer país: a geração e a distribuição de energia elétrica, com foco na utilização do bagaço no período de safra, mas que somente nos anos recentes tem conhecido algum desenvolvimento". Para Bressan, há pouca participação desta fonte energética no total do país, em parte devido ao pouco prestígio junto aos profissionais do assunto e também à indecisão dos donos de unidades industriais, que teriam que redimensionar seus equipamentos e melhorar a eficiência no aproveitamento energético do "agrocombustível", fato que permitiria a venda da energia excedente para terceiros, por meio da rede elétrica nacional. A troca das caldeiras, turbinas e geradores por outros de maior capacidade, segundo o técnico, poderia aumentar a quantidade média de energia dos atuais 85,8 kilowatts para 188,2 kilowatts por tonelada de bagaço queimado. "Como essa é uma fonte limpa e renovável, traria também inegáveis ganhos ambientais ao país", avalia. O estudo também projeta para os próximos 10 anos o comportamento dos mercados do açúcar e do álcool etílico; estima a quantidade de cana-de-açúcar necessária para atender as demandas doméstica e internacional desses produtos e dimensiona a quantidade anual de bagaço que estará disponível para ser destinada à geração elétrica até o ano de 2020. O enorme potencial de geração ainda inexplorado e o esperado crescimento das safras de cana nos próximos anos, com a consequente expansão na disponibilidade de bagaço, fazem com que a “agroeletricidade” seja o mais novo e promissor produto do agronegócio brasileiro, acredita Bressan. Fonte: Globo Rural Online. 3 de maio de 2011.
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