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Scot Consultoria

Clima definirá desempenho da safrinha


Segunda-feira, 4 de abril de 2011 - 09h41

O clima será o fator determinante para a produtividade das lavouras de milho e algodão na segunda safra. Apesar do otimismo em relação ao desempenho destas duas culturas na safrinha, este cenário dependerá do comportamento climático, que definirá o desempenho da colheita, uma vez que o atraso do plantio na primeira safra acabou retardando o início do plantio de 30% da safrinha. A análise consta no boletim Ativos de Grãos, publicação elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Segundo o estudo, houve início tardio das chuvas, principalmente na região Centro-Oeste, onde a semeadura de soja, por exemplo, aconteceu com pelo menos um mês de atraso. Desta forma, diz o boletim, o adiamento do começo do plantio na safra tradicional acabou também por retardar o plantio da safrinha, principalmente para quem adota o sistema de sucessão soja-milho ou soja-algodão, ou seja, quem planta soja na safra tradicional e milho ou algodão na segunda safra. “As culturas de segunda safra terão menos dias para se desenvolver até que comece o período em que as chuvas escasseiam”, explica o boletim. Lucro – Para avaliar qual sistema de sucessão pode ser mais vantajoso para o produtor, o boletim fez algumas simulações de preços de comercialização e produtividade no sistema de sucessão, ou seja, duas culturas por safra, com base em dados coletados no município de Campo Verde (MT). O estudo apontou que, se o agricultor daquela região optou por cultivar soja na primeira safra e milho na safrinha, ele terá receita suficiente para pagar seus custos se comercializar sua produção a R$45 a saca da oleaginosa e a R$19 a saca de 60 quilos do cereal, se levada em conta uma produtividade de 52 sacas de soja/hectare e 75 sacas/hectare de milho. Caso a produtividade de milho chegue a 100 sacas/há, mantendo o mesmo desempenho para a soja, o produtor terá retorno positivo se vender a saca do cereal a R$15 e a da oleaginosa a R$45. Se o produtor escolher o sistema de sucessão soja-algodão, no mesmo município, ele terá lucro durante toda a safra se comercializar a saca de soja a R$45 e o algodão a R$1,73 a libra-peso, considerando neste caso uma produtividade de 52 sacas de soja/ha e de 150@/ha de algodão. Aumentando a produtividade da fibra para 200@/ha e mantendo a mesma produtividade de soja, o agricultor cobrirá seus custos totais de produção vendendo sua saca de soja a R$35 e a libra-peso do algodão a R$1,44. Trigo – Segundo os Ativos de Grãos, os preços do trigo ainda não tem sido favoráveis para o triticultor. Em Carazinho (RS) e Cascavel (PR), embora os preços pagos aos produtores tenham sido reajustados em 4% e 5% na média em relação ao ano passado, respectivamente, eles não conseguiram cobrir o Custo Operacional Total (COT), que aumentaram em 5% e 6%. Um dos fatores que contribuiu para esta elevação do COT foi o gasto com fertilizantes. Em Carazinho, as despesas com o insumo subiram 13%, enquanto em cascavel a alta foi de 25% em 2011. O COT só não foi maior em razão da queda do preço dos defensivos, que resultou em redução dos gastos com este item. Entretanto, ressalta o boletim, há a expectativa de que a quebra de safra no leste europeu, em razão das secas e queimadas registradas no ano passado, possa se traduzir em melhores preços para o trigo no Brasil. Fonte: Canal do Produtor. 1 de abril de 2011.
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