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Parecer técnico da Embrapa vai embasar pedido de estado de emergência para o Pantanal


Sexta-feira, 18 de março de 2011 - 09h07

Presidente do Sindicado Rural de Corumbá fala em perda de 50% da produção de bois. A Embrapa Pantanal vai preparar, nos próximos dias, um parecer técnico para embasar o pedido de estado de emergência que produtores da planície pantaneira fizeram ao governo do Mato Grosso do Sul. O documento deverá ser enviado pelo governo à Defesa Civil, em Brasília. Nesta quinta-feira (17/03), o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Raphael Kassar, se reuniu com Emiko Resende, chefe geral da Embrapa Pantanal, para formalizar o pedido. Na terça-feira (15/03), Kassar e outros presidentes de sindicatos rurais de municípios localizados no Pantanal se reuniram com o governador André Puccinelli para pedir o estado de emergência. Eles afirmam que a cheia antecipada pelo excesso de chuvas concentrado em poucos dias pegou os pecuaristas de surpresa e muitos não tiveram tempo de remover o gado das áreas mais baixas do Pantanal. Neste ano, em Corumbá, já choveu cerca de 900 milímetros e muitos rios da Bacia do Alto Paraguai estão enchendo. De acordo com Kassar, 70% da planície ficam em Corumbá. Outros municípios afetados são Coxim, Rio Verde, Aquidauana, Miranda e Porto Murtinho. O presidente do sindicato rural disse à chefe geral da Embrapa Pantanal que haverá um índice elevado de morte de animais. “Quem conseguiu tirar os bois antes, tirou. Quem não conseguiu, não tira mais”, afirma. Isso porque a estrada parque (MS-184), única via de escoamento da produção, foi interditada nesta semana. A situação do gado se agravou também porque em 2010 a região teve uma seca acentuada e prolongada. “Os animais já vinham debilitados pela falta de pasto e agora veio essa cheia súbita”, explica Kassar. Segundo ele, Corumbá tem o maior rebanho de gado bovino do Brasil, com 1,973 milhão de cabeças. Desse total, cerca de um milhão são matrizes (vacas que vão gerar os bezerros). “Já esperamos uma quebra de 50% da produção”, diz Kassar. Ele lembrou ainda que o Pantanal é o grande fornecedor de bezerros e de boi magro para engorda. “Como nosso processo de criação da pecuária é longo – leva quatro anos para o bife chegar na mesa do brasileiro– estamos prevendo que os efeitos dessa cheia vão repercutir por quatro anos.” Com o estado de emergência decretado, os produtores da planície devem ter acesso a uma linha de crédito especial e possível prorrogação de dívidas que estejam para vencer, já que eles não terão como vender o gado e obter renda. O parecer da Embrapa Pantanal deve ser entregue juntamente com uma filmagem da área, que o sindicato rural espera fazer nos próximos dias. Fonte: Globo Rural Online. 17 de março de 2011.
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