• Segunda-feira, 29 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Balsas, no Maranhão, espera colher 1,6 milhão de toneladas de soja na safra 2010/2011


Terça-feira, 15 de março de 2011 - 09h16

Expedição Giro FMC comprova expectativas positivas dos produtores, mas revela insatisfação com a infraestrutura da região. Localizada a 800 quilômetros de São Luís, Balsas é a cidade maranhense que mais produz soja no estado. Para a safra 2010/2011 a expectativa é de que se colham 1,6 milhão de toneladas do grão, o que representa quase 300 mil toneladas a mais que na safra anterior, segundo dados da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen). Segundo o consultor técnico Magnus Pertile, que atende 12 produtores da região, os fazendeiros não obterão menos do que 50 sacas por hectare. A lucratividade, afirmou ele, deve dobrar. Esse clima de “bom momento” para a agricultura foi verificado durante o 3° Giro FMC, promovido pela empresa paulistana de defensivos agrícolas FMC. Durante o evento, uma espécie de rally, funcionários da organização, produtores e agrônomos visitaram três fazendas nas imediações de Balsas. Em todas elas, as expectativas eram de crescimento, tanto da quantidade colhida de soja quanto do preço pago por ela. As estimativas do mercado internacional dão conta de que o preço da saca fique acima de R$50. “Nesta safra tivemos menos problemas com pragas e doenças, e além disso as chuvas caíram na medida certa”, explicou Glauco de La Rosa, representante técnico da FMC para o Maranhão. Outro ponto importante, destacado por Pertile, é o avanço de tecnologias desenvolvidas especificamente para a região. “As universidades locais e a Embrapa têm feito pesquisas que visam, principalmente, aumentar o número de variedades plantadas. Por conta disso, acredito que em cinco anos poderemos chegar a 70 sacas por hectare produzidas em Mato Grosso”. Porém, apesar das expectativas otimistas, os problemas da região, principalmente com relação à infraestrutura, impedem que o aumento de produção seja uma tendência. “Basta chover muito para que as estradas fiquem intransitáveis e para que um caminhão leve 5 horas para percorrer um trecho de 200 quilômetros”, afirmou Léo Inácio Barth, proprietário da fazenda Nova Esperança, em Balsas. O porto mais perto do município, chamado Ponta da Madeira, fica a mil quilômetros, fazendo com que as estradas precárias sejam obrigatoriamente um ponto importante da logística. “Fazemos a nossa parte da porteira para dentro, mas fica difícil quando temos que depender do governo”, enfatizou Barth. Ele, inclusive, cita uma ocasião em que um grupo de produtores precisou pagar a máquina que reparava o asfalto, tamanha era a dificuldade para escoar a produção. Nesta safra, Barth, paranaense que há 15 anos foi para a região atraído pelo baixo preço das terras, espera colher 56 sacas de soja por hectare, 4 a mais do que ano passado e lucrar, já que em 2009/2010 o rendimento que teve deu apenas para “empatar”. Perguntado se vale a pena plantar soja no Maranhão, o produtor é categórico ao afirmar que realmente acredita no potencial do estado. Fonte: Globo Rural. Por Heloíza Camargo. 14 de março de 2011.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja