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Clandestinidade mobiliza força-tarefa em Mato Grosso


Quinta-feira, 3 de março de 2011 - 09h44

Cerca de 2,5 milhões de animais podem ter sido abatidos de forma irregular. O abate clandestino de bovinos, em Mato Grosso, pode ter atingido a marca de 2,5 milhões de cabeças no ano passado, conforme dados do secretário da Casa Civil, Éder Moraes. A prática irregular é uma preocupação antiga do governo do Estado e dos produtores. Segundo Éder Moraes, “queremos acabar com a clandestinidade definitivamente e por isso vamos convocar uma força-tarefa”. Na última segunda-feira a mobilização reuniu, na Casa Civil, representantes da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), do Comando da Policia Militar, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT) e da Secretaria de Acompanhamento das Políticas e Programas de Desenvolvimento. O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que os números são realmente preocupantes, “pois representam 50% do abate anual de Mato Grosso”. Em 2010, os abates mato-grossenses oficiais atingiram 4,33 milhões de cabeças, segundo o Indea/MT, e o valor bruto da produção (VBP) foi de R$4,95 bilhões, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Para a Acrimat, caso esse número anunciado pela Casa Civil se comprove, isso coloca em risco toda imagem do setor. “Vamos fazer um levantamento minucioso do impacto desse abate clandestino no que se refere aos impostos e empregos”, salientou Vacari. Outro ponto observado é o de roubo de gado “que pode diminuir bastante com o fim dos abates clandestinos”. A clandestinidade no segmento, além de gerar prejuízos aos cofres públicos, devido à sonegação de impostos, também coloca em risco a saúde da população, pois a prática não segue as normas da vigilância sanitária e nem as preconizações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por isso, a força-tarefa montada vai contar também com a participação da secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária e a de Fazenda. A fiscalização vai contar com unidades móveis em todo Estado. “O abate clandestino é um risco sem precedentes para a saúde e se for preciso vamos envolver a polícia federal e o Ministério Público nessa ação conjunta, pois é uma questão de Estado já que oferece riscos a toda a sociedade de Mato Grosso”, argumenta Moraes. Fonte: Diário de Cuiabá. 2 de março de 2011.
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