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Turbulência no Oriente Médio tira sustentação dos grãos


Segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011 - 09h39

Uma onda de redução das apostas de fundos de investimentos voltou a determinar a queda das cotações de trigo, milho e soja na quinta-feira na bolsa de Chicago. Movimento semelhante, também vinculado a decisões financeiras derivadas da crise no Oriente Médio e no norte da África, fez os preços despencarem na terça-feira, mas na quarta-feira coberturas de posições haviam recuperado parte das perdas. Na volta da maré negativa, o trigo sofreu mais. Os contratos com vencimento em maio - que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez - fecharam a US$7,8250 por bushel, em baixa de 15,75 centavos de dólar (1,97%). Ainda assim, cálculos do Valor Data apontam para alta de 52,31% em 12 meses. Os futuros de segunda posição do milho (maio) caíram 0,82%, para US$6,9650 por bushel, novamente abaixo da marcante barreira dos US$ 7, mas ainda acumulam valorização de 80,32%, enquanto a segunda posição da soja (maio) registrou queda de 0,17%, para US$13,2925 por bushel, e teve os ganhos acumulados reduzidos para 38,03%. Ainda que as turbulências na Líbia e seus reflexos sobre as cotações do petróleo e outros ativos tenham desviado investimentos das commodities agrícolas nesta semana, analistas estrangeiros e brasileiros acreditam que os fundamentos de oferta e demanda, ainda indicam que os mercados de grãos deverão permanecer com preços sustentados pelo menos até a definição dos plantios no Hemisfério Norte na próxima safra (2011/12). Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja, lembra que mais de 90% da produção mundial de cereais está acima da linha do Equador, onde a semeadura ganhará força em abril e maio. A partir daí começará o tradicional período de “mercado de clima” nas bolsas de grãos, quando o comportamento climático nos principais países produtores do Hemisfério Norte, sobretudo os Estados Unidos, terá forte influência na formação dos preços. Conforme levantamento divulgado na quinta-feira pelo International Grains Council (IGC), na atual temporada (2010/11) a produção mundial de trigo será de 648 milhões de toneladas, 30 milhões a menos que em 2009/10, e a de milho chegará a 811 milhões de toneladas, queda de 2 milhões de toneladas em igual comparação. Nos dois casos, há queda de estoques. Fonte: Valor Econômico. Por Fernando Lopes com Dow Jones Newswires. 25 de fevereiro de 2011.
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