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Efeito ameno do La Niña deve permitir colheita recorde de soja na safra atual

Efeito ameno do La Niña deve permitir colheita recorde de soja na safra atual


A produção brasileira de soja deve alcançar o recorde de 72 milhões de toneladas na atual safra, a 2010/11, conforme nova estimativa da Agroconsult. A consultoria revisou para cima a previsão de janeiro, que já apontava para um recorde de 70,3 milhões de toneladas. O novo número é 4,3% superior ao ciclo passado e surge após a conclusão dos levantamentos das condições das lavouras precoces em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do norte e oeste do Paraná. As três primeiras equipes do Rally da Safra - expedição promovida pela Agroconsult - identificaram que as regiões que poderiam ser prejudicadas pelos efeitos do La Niña não foram tão afetadas como se esperava. Com isso, a estimativa para a produtividade foi elevada em 6,3% em Mato Grosso do Sul e em 1,6% em Mato Grosso. As previsões para Goiás e Paraná ficaram estáveis. Segundo André Pessôa, diretor da Agroconsult, a estiagem que atrasou o plantio da soja precoce em Mato Grosso foi compensada pelas boas chuvas no fim de dezembro e ao longo de janeiro. “E a produtividade do Estado pode ser ainda maior dependendo de como se desenvolver as lavouras de ciclo médio e tardio”. Segundo ele, dificilmente o recorde de produção de soja não será quebrado nesta safra, e a expectativa é que o país colha pela primeira vez mais de 70 milhões de toneladas. “Se houver novas surpresas serão no sentido de uma produção ainda maior”, afirma. Por enquanto, a consultoria estima uma produtividade para as lavouras de soja de 2.973 quilos por hectare. O número é 1,4% superior à estimativa anterior e 1,2% maior que o registrado na safra 2009/10. “E o recorde de produção acontece em um momento espetacular do mercado. O ano de 2010 marcou a superação da crise sofrida pelo setor na safra 2005/06 e foi o início da etapa de crescimento que está sendo percebida agora”, afirma Pessôa. Mesmo com o aumento da produtividade, o consultor considera que a adoção de tecnologia pelo agricultor brasileiro está em um patamar já muito elevado. Ele lembra o recorde na venda de máquinas agrícolas registrado em 2010, bem como o desempenho obtido pelas indústrias de fertilizantes e defensivos agrícolas. “A produção está correndo atrás da demanda. Mesmo com uma produtividade maior, os preços não estão caindo, e para elevar a oferta de uma forma mais rápida será necessária a abertura de novas áreas”, afirma. Fonte: Valor Econômico. Por Alexandre Inácio. 21 de fevereiro de 2011. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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