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Scot Consultoria

Fertilizantes verdes como alternativa sustentável para a agricultura


Quinta-feira, 18 de maio de 2023 - 06h00

Foto: Scot Consultoria


O uso de fertilizantes verdes garante inúmeros benefícios para a produção agrícola, como o controle de plantas daninhas, a melhora da capacidade produtiva e fertilidade do solo, descompactação do solo e a redução da emissão de gases de efeito estufa.


As principais espécies utilizadas como fertilizantes verdes são a Crotalaria juncea (Crotalária), Canavalia ensiformes (Feijão-de-porco), Pennisetum glaucum (Milheto), Avena stringosa (Aveia preta), Raphanus sativus (Nabo forrageiro) e a Vicia sativa (Ervilhaca comum).


Na adubação verde, é importante realizar um consórcio de leguminosas, gramíneas e outras plantas, para favorecer o controle da velocidade de decomposição de matéria orgânica e a liberação de nutrientes.


As gramíneas têm decomposição mais lenta, sua cobertura residual é mais estável e as leguminosas contribuem com maior fornecimento de nitrogênio e aumento da velocidade da decomposição, devido à relação carbono:nitrogênio.


Os fertilizantes verdes podem ser utilizados em áreas em que há preparo de solo ou áreas cobertas por palhadas e restos culturais.


A época de semeadura mais favorável é aquela em que mais se tem disponibilidade de água, a temperatura é ideal e a luz abundante, pois são fatores que interferem no desenvolvimento da cultura.


O manejo depende da finalidade do uso do fertilizante verde. A prática mais recomendada para plantio direto é o acamamento, para gramíneas, no estágio de grão leitoso. Para leguminosas, na plena floração.


A roçada deve ser utilizada quando não se consegue fazer o acabamento, já que o material é picado, se decompõe mais rapidamente e perde o efeito de proteção do solo.


A incorporação, ou lavração, deve acontecer quando o cultivo é de hortaliças, pois têm melhor desenvolvimento em canteiros.


Além das plantas utilizadas como fertilizantes verdes, um biofertilizante pode ser utilizado na adubação verde. Ele é derivado da produção de biogás, que ocorre através da ação de bactérias sobre a biomassa, na ausência de oxigênio.


O biogás é composto de gases como metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e, em menor proporção, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e gás sulfídrico, que representam, respectivamente, 55%, 35% e – os gases restantes – 10% do biogás.


Dejetos da produção animal e de usinas sucroalcooleiras são amplamente utilizados como matéria-prima para a produção de biogás. O processo produtivo do biogás libera um biofertilizante, rico em nutrientes e com grande potencial na substituição de adubos químicos.


Portanto, é completamente possível unir os adubos e fertilizantes de origem renovável e biológica à agricultura, pois não causam os mesmos impactos ambientais e para o consumidor final, quando comparados aos fertilizantes químicos, além de possuírem as mesmas características propícias para o desenvolvimento das culturas. 


Referências bibliográficas


Cartilha para agricultores [recurso eletrônico] - Adubação verde ecompostagem: estratégias de manejo do solo para conservação das águas / org. Valdirene Camatti Sartori et al. - Dados eletrônicos. - Caxias do Sul, RS: Educs, 2011. Disponível em: https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/Aduba%C3%A7%C3%A3o_e_Compostagem_2.pdf. Acesso em 23 mar. 2023.



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