• Quinta-feira, 26 de junho de 2025
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Todo mundo tem um plano até levar um soco na boca

Todo mundo tem um plano até levar um soco na boca


Os relatores da reforma do Código Florestal no Senado, Luiz Henrique da Silveira, relator nas Comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e Agricultura (CRA) e Jorge Viana, relator na Comissão de Meio Ambiente (CMA), estão costurando um acordo para apresentar um relatório único para as próximas votações. O acordo deve agilizar a tramitação da matéria no Senado. Figura 1.
Na Câmara houve um acordo parecido. Todas as comissões da casa que precisariam apreciar o projeto foram agrupadas numa única Comissão Especial da qual o Deputado Aldo Rebelo foi o relator. Por essa razão, na Câmara, o texto foi votado em apenas uma comissão. O regimento do Senado não tem a figura da Comissão Especial, o que faz com que o texto tenha que tramitar completamente em todas as comissões de mérito e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que avalia a constitucionalidade e jurisdicionalidade da matéria. O texto já foi aprovado na CCJ e agora precisa passar por todas as comissões de mérito (CCT, CRA e CMA), uma após a outra. Todo esse processo precisa acontecer no menor tempo possível, uma vez que o texto precisa ainda ser ratificado pelo plenário da Câmara dos Deputados e sancionado pela presidente Dilma Roussef antes do dia 11 de dezembro deste ano, quando começa a valer o decreto que criminaliza a produção rural nacional. Os Senadores trabalham com as diretrizes do governo, que não pretende adiar o decreto uma 4ª vez e quer o texto pronto para sanção antes de 11 de dezembro. Luiz Henrique e Jorge Viana fazem esses dias o esforço de compilar as emendas apresentadas pelos senadores componentes da Comissão de Ciência e Tecnologia, onde o projeto se encontra. Todo o trabalho dos senadores é acompanhado pelas principais lideranças dos partidos na Câmara dos Deputados para que o texto possa ser apreciado também de forma célere após aprovado no Senado. Os dois pretendem apresentar um relatório único em todas as comissões por onde o texto ainda precisa passar. Falta combinar com os fundamentalistas O grande filósofo norte americano Mike Tyson, disse certa vez que "todo mundo tem um plano até levar um soco na boca". Os senadores estão tentando um grande acordo para agilizar a votação do Código Florestal, mas ainda terão que obedecer o regimento da casa. O texto precisa tramitar da apresentação à aprovação em cada uma das três comissões restantes, uma após a outra. Após a apresentação do parecer do relator, se houver pedido de vistas - e haverá - o texto só poderá ser votada na seção ordinária seguinte. Os Senadores que estão alinhados com as ONGs internacionais usarão todas as manobras regimentais possíveis para tentar protelar a votação. A turma das ONGs conta com a morosidade natural do processo de tramitação das matérias no legislativo para levar a sanção presidencial para o ano que vem. Se o Senado não aprovar o texto a tempo da Câmara e ratificá-lo antes do recesso parlamentar em dezembro, essa ratificação deverá acontecer apenas em março do ano que vem, quando o Congresso voltar à normalidade após o Carnaval. Nesse caso os fundamentalistas de meio ambiente usarão a Conferência da ONU Rio+20 para chantagear a Presidente Dilma a vetar o texto. Os verdes estão contando com a morosidade do processo legislativo. Agora, mais do que nunca, é hora de pressionar os senadores por pressa na votação. Quanto antes eles cumprirem as etapas do processo legislativo, maiores as chances do texto ser aprovado ainda este ano. Ligue para o seu senador, presidente de sindicado, de federação. Mexa-se. Não é hora de ficar tranquilo. Os verdes estão contando com essa tranquilidade. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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