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Scot Consultoria

Alta de preço do leite em pó bate nos 40%


Quarta-feira, 16 de março de 2011 - 16h57

*Colaborou Jéssyca Guerra - graduanda em zootecnia e estagiária da scot consultoria O leite em pó está em alta desde o segundo semestre do ano passado. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) o preço da tonelada subiu 40% na Europa desde então, sendo que neste ano a alta soma 28%. Veja a figura 1. Na Europa e na Oceania, as cotações superaram os valores registrados antes da crise. O preço médio na Europa está em US$4,9 mil por tonelada e na Oceania os negócios ocorrem ao redor de US$4,6 mil por tonelada. OS MOTIVOS Nos últimos anos, o preço do leite em pó vem sendo influenciado pela alta demanda chinesa e por países do Oriente Médio. No Oeste europeu os estoques estão baixos e a valorização do euro sobre o dólar encarece o produto. A oferta tem se recuperado na Alemanha e França, mas não tem sido suficiente para atender a demanda, principalmente da China e da Rússia. A China, que não tinha tradição no consumo de lácteos, com o aumento de renda da população e o incentivo do governo à produção e ao consumo de lácteos, melhorou significativamente o consumo per capita nos últimos quatro anos. Passou de 16,2 litros para 28,0 litros de leite por ano. Boa parte da importação chinesa de lácteos é de países da Oceania, tendo a Nova Zelândia como principal fornecedor. Entretanto, a produção na Austrália e na Nova Zelândia continua em queda devido à seca e excessos de chuvas nos últimos anos. MAS POR QUE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS NÃO DESLANCHAM? Os preços melhoraram no mercado internacional, mas as exportações brasileiras de leite em pó estão longe da média obtida em 2008, cujo volume foi de 10 mil toneladas por mês. O faturamento médio mensal naquele ano foi de US$38 milhões. Em 2010 e começo de 2011 o volume embarcado está abaixo de 2 mil toneladas por mês e a receita não passou de US$6 milhões. A questão está no câmbio desfavorável para o exportador brasileiro. A moeda nacional valorizada diminuiu os ganhos após a conversão. Observe na tabela 1 que os preços subiram 67% em dólar na comparação com 2009. Em reais a valorização foi de 46%. A queda da oferta mundial, sobretudo nos grandes países exportadores, pode aumentar a procura pelos produtos brasileiros. Aqui cabe mais uma vez a necessidade de novos mercados e padronização e qualidade para a mercadoria brasileira. Para melhorar de vez, é preciso uma ajudinha do câmbio.
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