A alimentação (concentrada e mineral) é o componente de maior participação nos custos operacionais da pecuária de leite.
De acordo com a Scot Consultoria, em propriedades de alta tecnologia, o item representa 40% dos custos operacionais. Veja a figura 1.
Na sequência aparecem as despesas com funcionários (18%), depreciações (10%), corretivos, fertilizantes e defensivos (9%) e manutenções (7%).
Pensando na entressafra, com menor oferta de capim, o custo da suplementação animal ganha destaque. Em outras palavras, boas compras de insumos podem significar o sucesso da atividade.
Neste ano o mercado está generoso com o pecuarista. Aliás, em 2009 também foi assim: o menor custo da dieta permitiu boa rentabilidade da atividade, mesmo diante de menores preços do leite.
Veja na tabela 1 os preços médios para alguns produtos entre janeiro e junho de 2009 e de 2010.
Quem mais se beneficia com preços menores é o pecuarista tecnificado, que utiliza mais insumos e atinge melhores índices produtivos.
Analisando o Índice Scot para o custo de produção da pecuária de leite fica evidente a redução dos custos.
O índice leva em conta a variação de preços dos principais itens que compõem o custo da atividade leiteira: alimentação, mão-de-obra, fertilizantes, defensivos agrícolas, produtos veterinários, maquinários, combustível, etc.
A base inicial da pesquisa é agosto de 1994 (figura 2).
De acordo com o índice, o custo de produção de leite, considerando uma propriedade de média a alta tecnologia, foi 4% menor em junho, na comparação com o mesmo período de 2009.
Comparando a média dos dois semestres, em 2010 os custos caíram 6%.
A situação é favorável considerando que o preço do leite ao produtor esteve bom até então.
Entretanto, a queda verificada no último pagamento preocupa os produtores. Daqui para frente a tendência é de mercado pressionado para baixo.
Os custos, pelo menos com alimentação, devem continuar favoráveis ao produtor.
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