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Scot Consultoria

Cuidar da imagem do leite


Sexta-feira, 28 de março de 2008 - 16h37

O consumo de alimentos pode aumentar, fundamentalmente, por duas razões. Uma delas é o crescimento da população, já que mais gente demanda maior quantidade de alimentos. Outro motivo é o aumento da renda. Até certo ponto, principalmente em países cuja população é pobre, o crescimento da economia ocasiona maior consumo de alimentos. Além disso, o consumo de alimentos pode ser estimulado por outros motivos, como alterações de leis ou então ações privadas ou conjuntas na cadeia produtiva para melhoria da imagem e propaganda a favor do consumo. Quando bem feitas, as propagandas surtem efeito favorável no mercado. Geralmente, quanto maior o número de segmentos da cadeia produtiva envolvidos nas ações de promoção, maior o efeito no consumo. No caso do leite, uma ação de promoção conjunta entre produtores e/ou associações de produtores, indústrias e empresas varejistas, normalmente trazem maior resultado do que ações individuais. É a chamada propaganda institucional. NOS ESTADOS UNIDOS Quem nunca ouviu falar da campanha de promoção do leite “Got milk?”, com fotos de pessoas famosas com bigodes de leite? Esta campanha foi encabeçada pelo Dairy Management Inc., uma associação de produtores de leite norte-americanos. A International Dairy Food Association é outra organização do setor lácteo norte-americano. Mas esta envolve principalmente o segmento industrial e de distribuição de leite e derivados. Além da promoção do leite e derivados, juntas, as organizações também realizam ações para melhorar a liderança estratégica no setor, coordenar melhor a cadeia, modificar leis e regulamentações que interfiram no bom andamento do negócio, entre outras. Juntando as duas instituições, o orçamento anual para promoção e coordenação da cadeia é de cerca de US$180 milhões. Valor obtido através da contribuição sobre o leite comercializado entre os associados. NA AUSTRÁLIA Na Austrália, a Dairy Australia é uma entidade que representa todo o sistema agroindustrial do leite do país. Mas neste caso, a organização foi fundada pelo governo australiano, diferentemente as associações norte-americanas citadas. A Dairy Australia surgiu para auxiliar os laticínios australianos a tornarem-se internacionalmente competitivos, mas hoje engloba todos os segmentos da cadeia. Os recursos financeiros da organização, conseguidos por meio de contribuição dos produtores envolvidos, são destinados à pesquisa e programas de marketing (55% do total), área social (25%) e projetos com meio-ambiente e sustentabilidade (20%). A Dairy Austrália pode ser considerada uma associação de sucesso. NO CHILE Outra organização que visa a coordenação e melhoria do sistema agroindustrial do leite é a Fedeleche, do Chile. Essa organização foi fundada com o objetivo de fomentar e proteger a produção de leite no Chile por meio de ações para melhorar a eficiência e rentabilidade dos produtores. Assim como outras organizações, a Fedeleche promove o leite e seus derivados, além de solucionar conflitos e melhorar a estruturação da cadeia láctea. NO BRASIL No Brasil existe a Láctea Brasil, uma organização não governamental, criada em 1999, com a finalidade de desenvolver atividades para defender os interesses de todos os segmentos do setor e aumentar o consumo de leite e seus derivados. Por ter caráter opcional, a contribuição de produtores e indústrias do setor acaba limitando as ações da organização por falta de recursos. Iniciativas de marketing institucional surgiram nos últimos tempos, mas ainda podem ser consideradas incipientes.
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