Segundo informações do Instituto de Pesquisa em Políticas para a Alimentação e Agricultura (FAPRI, sigla em inglês), o mercado de queijos deve crescer nos próximos nove anos, com os preços se mantendo firmes no período.
A perspectiva é que o comércio mundial de queijos cresça mais de 40% até 2019, registrando uma taxa anual de aumento de 3,9%.
As exportações devem passar de 982 mil toneladas métricas atuais para 1,38 milhão de toneladas.
MAIORES EXPORTADORES
Atualmente, a União Européia e a Nova Zelândia possuem mais de 70% do mercado mundial de queijos, totalizando quase 700 mil toneladas métricas exportadas.
Em 2019, segundo as previsões, estes dois mercados devem continuar liderando, porém, com uma menor participação (cerca de 60% do mercado). A União Européia pode perder 14% do mercado neste período, em função da produção de leite praticamente estabilizada e necessidade de abastecimento da população local.
O crescimento das exportações de queijo da Nova Zelândia, Austrália e mesmo Argentina devem ocupar o espaço deixado pela União Européia. A expectativa é que estes países registrem crescimento médio anual em torno de 5,5% até 2019, enquanto a União Européia diminuir os embarques na escala de 1% ao ano.
MAIORES COMPRADORES
A China se destaca com a maior tendência de crescimento nas importações de queijo até 2019. Suas importações devem passar de 77 mil para 138 mil toneladas métricas (alta de 79%).
Mas o maior importador deve continuar sendo a Rússia, com mais de 23% das importações totais de queijo em 2019 (cerca de 330 mil toneladas métricas).
Outros destaques são: Japão, cuja demanda deve deixá-lo como responsável por 15% das importações em 2019; e Arábia Saudita, com expectativa de crescimento de 28% até 2019 e representatividade de 9% das importações.
OS PREÇOS DEVEM CONTINUAR FIRMES
O crescimento no mercado internacional de queijos deve manter os preços firmes.
A expectativa é que as cotações com referência na Oceania passem de US$2,9 mil/tonelada para US$3,9 mil/tonelada até 2019 (alta de 35%). Os preços da União Européia podem passar de US$3,5 mil/tonelada para US$4,1 mil/tonelada (valorização de 17,3%).
Apesar do mercado internacional de queijos ser cerca de três vezes menor que as exportações somadas de leite desnatado e leite em pó, trata-se de um mercado em crescimento e com boas perspectivas de preço no médio prazo.
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