O mercado do leite segue firme no Centro-Sul do país puxado pela demanda aquecida e concorrência entre os laticínios.
Por outro lado, no Nordeste, o aumento da produção (safra) refletiu em queda do preço do leite ao produtor.
SUDESTE
Em Minas Gerais, o preço do leite subiu 2,6% no pagamento de fevereiro, que remunera a produção de janeiro. O produtor recebeu, em média, R$0,759/litro.
Em algumas regiões do estado a ocorrência de veranico prejudicou a produção, aumentando a concorrência entre os laticínios.
Prova disto é o leite no mercado spot que teve alta de 5% em fevereiro na comparação com o mês anterior. Os negócios ocorreram, em média, em R$0,81/litro.
Em São Paulo o produtor recebeu R$0,799 (preço médio), alta de 2,3%.
A boa demanda na ponta final da cadeia tem dado sustentação as cotações.
O preço atual está 2,6% acima do verificado no mesmo período do ano passado.
Para o pagamento a ser realizado em meados de março, tanto em Minas Gerais como em São Paulo, a expectativa é de manutenção dos preços pagos aos produtores, segundo mais da metade das empresas consultadas pela Scot Consultoria.
SUL
No Sul do país foram verificados os maiores aumentos no pagamento de fevereiro.
No Rio Grande do Sul a alta para o produtor foi de 3,6% em relação ao pagamento anterior. No Paraná e em Santa Catarina o leite subiu, respectivamente, 2,1% e 1,8% no período.
De forma geral a produção se manteve estável em janeiro e fevereiro (resultado parcial), mas a tendência é de redução gradual na oferta de leite.
Expectativa de mercado firme para os próximos meses, porém é necessário acompanhar as importações de lácteos que podem prejudicar o mercado.
NORDESTE
Na Bahia, principal bacia da região, a queda foi de 3,2% em relação pagamento de janeiro.
O início da safra na região, tardia em relação ao Centro-Sul, aumentou a oferta de leite e pressionou
para baixo as cotações. No mais, os preços do leite UHT estáveis e os queijos em queda desde dezembro colaboram para quedas no mercado ao produtor.
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