O preço do leite ao produtor caiu pelo terceiro mês consecutivo. Nas principais bacias leiteiras do Sudeste a queda chega a 15% nos últimos três meses.
SUDESTE
Em
Minas Gerais o preço caiu 7% no pagamento de novembro, referente à produção de outubro. Foi a maior queda na região.
O produtor recebeu, em média, R$0,663/l.
A captação aumentou em 74% dos laticínios pesquisados no estado. No restante o volume ficou praticamente estável, sinal de que a produção pode ter chegado ao pico.
No mercado “spot” (leite comercializado entre as indústrias), os negócios ocorreram, em média, em R$0,58/l, queda de 14,5% em relação a outubro.
Em
São Paulo, o preço médio do leite fechou em R$0,713/l, 5,6% menos que no pagamento anterior.
Desde o início da safra o preço do leite caiu, em média, 15% para o produtor paulista.
Com isso, os investimentos na atividade estão diminuindo para fechar a conta.
Apesar das quedas, a remuneração no estado está 10,6% acima da média nacional. Veja a figura 1.
Para o próximo pagamento, 78% das empresas apontam para queda de preço do leite. O mercado segue fortemente pressionado.
SUL
No Sul do país, as chuvas prejudicaram a produção em algumas regiões.
O volume captado aumentou, mas em 42% dos laticínios consultados a produção ficou estável.
Em
Santa Catarina, onde a queda acumulada era de 15%, o preço do leite caiu menos em novembro. Caiu 1,25%.
Esta foi a alternativa encontrada pela indústria para assegurar o fornecimento por parte do produtor.
No
Paraná e no
Rio Grande do Sul o leite caiu, respectivamente, 5,6% e 5,4%.
CENTRO-OESTE E NORDESTE
Em
Goiás, o preço ao produtor caiu em função da maior oferta de leite e do recuo das cotações dos lácteos no atacado e varejo.
No Centro-Oeste o produtor está recebendo entre R$0,57/l, no Mato Grosso do Sul e R$0,62/l, em Goiás (preços médios).
A safra começou no Nordeste. Com o aumento da produção, o preço do leite caiu na maioria dos estados.
Em
Pernambuco foi verificada a maior média nacional, R$0,786/l.
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