O movimento de alta do preço do leite ao produtor perdeu força no pagamento de agosto, referente à produção de julho.
SUDESTE
Em Minas Gerais, o produtor recebeu, em média, R$0,779/l, alta de 3,57% em relação ao mês anterior.
Os recentes aumentos (27% nos quatro últimos meses) certamente permitiram realizar investimentos em alimentação.
Com isso, a produção subiu. Em cerca de 54% dos laticínios pesquisados no Estado, o volume captado aumentou.
O aumento da oferta de leite diminuiu os negócios no mercado “spot” (leite comercializado entre as indústrias).
Dessa forma, o preço do leite “spot” caiu 6,5% em agosto e os negócios ocorreram, em média, em R$0,78/l.
Para o próximo pagamento, metade das empresas consultadas aponta para manutenção do preço, enquanto que em quase 40% a expectativa é de baixa.
Em São Paulo, o reajuste foi mais tímido, pouco mais de 1%. O produtor recebeu, em média, R$0,838/l (figura 1).
A produção ficou estável em 74% dos laticínios pesquisados.
Diante de uma pressão menor do lado da oferta a tendência para o próximo mês é de queda, segundo 67% das empresas consultadas.
SUL
O preço do leite ao produtor ficou praticamente estável no Paraná e no Rio Grande do Sul.
O aumento da produção em quase 100% das empresas consultadas, aliado à menor demanda em julho e primeira quinzena de agosto, contribuiu para a manutenção das cotações.
Em Santa Catarina, inclusive, o produtor recebeu 0,6% menos em relação ao pagamento de julho.
A tendência é de queda para o próximo pagamento.
NORDESTE
No Nordeste a captação está em queda em função da entressafra (produção começa a aumentar a partir de outubro).
Com isso, o preço do leite ao produtor subiu em praticamente todas as regiões.
Na Bahia o leite subiu em média 3,5% em agosto.
Apesar da produção em baixa, o mercado de lácteos menos aquecido deve segurar os preços ao produtor.
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