De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), analisados pela Scot Consultoria, o saldo da balança comercial brasileira de lácteos foi negativo em fevereiro.
O faturamento com as exportações diminuiu 18% em relação a janeiro, totalizando US$10,6 milhões. O volume, por sua vez, ficou em 3,7 mil toneladas, 15% menor em relação ao mês anterior. Destaque para o leite em pó, leite UHT e queijos em geral, que recuaram, respectivamente, 19%, 23% e 34% em relação a janeiro. Veja a figura 1.
O leite em pó segue como o principal produto exportado, respondendo por 58% do faturamento e 59,5% do volume em fevereiro. A Venezuela adquiriu 18% do leite em pó embarcado e a Nigéria 12%.
Do lado das importações, o país comprou aproximadamente US$19,65 milhões em produtos lácteos. Esse valor é 9,6% menor que o de janeiro, mas bem superior às exportações.
Com isso, o saldo da balança comercial de lácteos, em fevereiro, ficou negativo em US$9,05 milhões.
No acumulado do ano, o déficit é de US$17,83 milhões.
No mesmo período de 2009 o déficit da balança de lácteos era de US$4,85. A questão atual está nas exportações que ainda não deslancharam, já que as importações caíram 8%.
O dólar permanece em um patamar pouco atraente, no mais, a recuperação dos preços no mercado brasileiro favorece as vendas internas.
No mercado internacional as cotações reagiram timidamente nas últimas semanas. Veja a figura 2.
Na Europa, o leite em pó está cotado, em média, em US$3.375,00/tonelada e na Oceania os negócios ocorrem em US$3.175,00/tonelada.
Apesar da reação, os atuais valores estão em patamares abaixo do verificado em anos anteriores.
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