O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou os números referentes à balança comercial de lácteos.
Chama a atenção a forte redução das exportações brasileiras.
Depois de uma ligeira recuperação em outubro, o volume embarcado caiu em novembro. As vendas, em geral, diminuem no final de ano com a saída de muitos compradores do mercado.
Dessa forma, a receita com as exportações de lácteos somaram US$7,15 milhões em novembro, 52% menor que no mês anterior.
Em volume, a queda foi de 54% em relação a outubro. O Brasil exportou 2,77 mil toneladas em lácteos ou 21,34 mil toneladas equivalente litros de leite.
As importações, por sua vez, totalizaram US$22,20 milhões, um aumento de 7% em relação a outubro. Dessa forma, o déficit na balança comercial de lácteos em novembro foi de US$15,0 milhões.
De janeiro a novembro o saldo da balança é de US$108 milhões negativos. Desde 2002 o país não importava tanto (figura 1).
Para 2010 o mercado está indefinido, mas os céticos acreditam que se o governo não tomar medidas coercitivas a importação continuará firme (leia mais na página 11).
À medida que os efeitos da crise diminuem é esperada uma retomada da demanda mundial, além disso, os preços dos produtos lácteos estão se recuperando no mercado internacional.
O leite em pó que no começo do ano era negociado na Europa por US$2,2 mil/tonelada, hoje está cotado em US$4,0 mil/tonelada. Uma alta de 82% (figura 2).
Na Oceania os preços também estão em recuperação.
A retomada do crescimento das principais economias mundiais é tida como certa e se isso acontecer o consumo de lácteos aumenta.
Outros fatores também precisam ser considerados, tais como a menor produção na própria Europa e Oceania, e também na Argentina.
O real valorizado é outro ponto que merece ser monitorado.
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