Os preços dos lácteos reagiram pelo segundo mês consecutivo no atacado.
Considerando a média de todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria, em fevereiro o aumento foi de 0,6%.
O leite longa vida (UHT), principal lácteo comercializado no mercado interno, trabalha em alta há quatro meses.
Desde novembro o preço médio do produto já subiu 24% na indústria, tornando-se o mais alto dos últimos 6 meses. Veja a figura 1 (abaixo).
A gradual retomada do consumo, bem como a redução da captação de leite, em especial no Centro-Sul, “enxugou” os estoques das empresas.
O leite pasteurizado, sob influência do UHT, também está mais caro. Em fevereiro, os aumentos variaram entre 1% e 3% no atacado, chegando a 8% no varejo.
No caso dos queijos, a menor disponibilidade de matéria-prima (leite cru), também colaborou para alta nas cotações. No atacado, os preços subiram, em média, 1,6% na comparação com janeiro.
No varejo, a exemplo do que ocorreu no atacado, os preços dos produtos lácteos aumentaram, em média, 4,5% em fevereiro.
Destaque para o longa vida, cujo preço reagiu 13% em relação a janeiro. O consumidor paga atualmente, R$1,80/litro em média, o maior valor dos últimos cinco meses.
A tendência para o curto prazo é de preços firmes. A oferta de leite para os laticínios, que está menor, deve se agravar ainda mais com a proximidade da entressafra.