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Scot Consultoria

Atacado e varejo


Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 - 17h02

A turbulência no mercado financeiro causou certa apreensão no mercado de lácteos. Os atacadistas esperam uma definição dos rumos da atual crise e seus efeitos sobre o consumo para redefinir preços. O movimento de queda nos preços do leite longa vida no atacado, que ocorria desde junho deste ano, foi rompido em outubro, quando as cotações reagiram 4,83%, em média. Em quatro meses, o leite longa vida no atacado acumulou queda de 12,32%. Em outubro, o preço voltou ao patamar de R$1,45/litro, próximo ao que foi praticado em março último. O maior valor do ano foi registrado em maio, quando o litro do leite UHT foi negociado a R$1,55, em média. O preço do leite em pó continua em queda no atacado. Em média, o recuo foi de 19% desde maio deste ano, quando foi registrada a primeira queda. Comparado com o mesmo período do ano passado, os valores atuais são, em média, 7% inferiores. A desvalorização do real frente ao dólar, em setembro, parece ter favorecido as exportações de leite em pó e leite condensado. No mês, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas 14,98 mil toneladas. É o recorde de volume mensal embarcado de leite em pó e leite condensado pelo Brasil. O volume é praticamente duas vezes superior ao embarque de agosto e 3,6 vezes maior que o embarque de setembro de 2007. Em faturamento, o mês de setembro também registrou recorde. As exportações de leite em pó e leite condensado somaram US$61,9 milhões. Se o câmbio estiver realmente influenciando positivamente, a notícia é boa. Em setembro, a cotação média do dólar foi 11,63% superior à de agosto. Em outubro, a cotação média até a terceira semana do mês estava 33,7% mais alta à registrada em agosto. No varejo, outubro não foi caracterizado por movimentos bem definidos. Dentro da mesma classe de produtos como os leites UHT, por exemplo, foram registradas ao mesmo tempo quedas e altas de preços (veja a tabela ao lado), reações características de mercado instável. Diversos varejistas, receosos com a possível queda de consumo, eliminam seus estoques derrubando os preços dos produtos, como aconteceu com os leites UHT premium e longa vida desnatado. Há dificuldades em se prever o comportamento do mercado nos próximos meses. Tudo dependerá do “desenrolar” desta crise. A recomendação é cautela enquanto se espera a poeira baixar.
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