Relação de troca

O período é de estação de monta. A maioria dos pecuaristas que pretendia comprar reprodutores para compor o plantel já o fez ao final de 2007. Com isso, observa-se um certo marasmo nos leilões de tourinhos. Historicamente, de acordo com informações da DBO Rural, os criadores de zebuínos começavam a negociar seus animais em leilões a partir de março. Mais recentemente o número de arremates em janeiro e fevereiro cresceu, mas os negócios são retomados de maneira definitiva apenas no final do primeiro trimestre. As compras direto na fazenda, entretanto, seguem aquecidas. Diante da alta quase constante no preço do gado de reposição em todo o País, criadores retomam os investimentos em genética do rebanho, apostando em um cenário positivo para 2008/2009. DEMANDA AQUECIDA A cotação do tourinho, conforme observado nos últimos levantamentos da Scot Consultoria, se manteve aquecida. O preço médio do reprodutor em 2007 esteve, em média, 22,7% acima dos preços observados em 2006. A procura aumentou, resultando em alta liquidez nos negócios. O mercado está comprador. Apesar da reação no preço médio do reprodutor, as cotações do gado para reposição subiram mais. No Mato Grosso, por exemplo, com o valor de um tourinho Nelore PO era possível adquirir 10,65 bezerros em junho de 2007, valor que caiu para 6,90 em dezembro. A perspectiva para 2008 é de preços aquecidos para ambos, o que pode significar uma mudança no patamar da relação de troca entre bezerros e tourinhos. EXPORTAÇÃO O Brasil bateu recorde na exportação de animais vivos para reprodução em 2007. No total foram 6.589 bovinos exportados ao longo do ano. Em comparação a 2006, quando foram exportados 1.213 bovinos para reprodução, houve aumento de 443,2%. O preço médio por animal exportado foi de US$802,36, ou o equivalente aproximado a R$1.562,94/cabeça. Esse resultado não foi positivo. Houve queda de 33,0% em relação ao preço médio de 2006, de US$1.197,63/cabeça. Exportou-se mais, mas por menos.
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