Sábado, 4 de maio de 2024

IATF Principais cuidados

por Equipe Scot Consultoria

Quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007 - 19h24

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A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é uma excelente ferramenta para quem busca maior número de bezerros nascidos por ano. Isso é possível através da sincronização do cio, que reduz o tempo da estação de monta, e ajuda as vacas recém paridas a ciclarem novamente.

Porém, resultados aquém do esperado podem desanimar o investidor. E o sucesso está nos detalhes. Alguns cuidados no momento da aplicação do hormônio são essenciais para o sucesso do programa. DISPOSITIVOS X MANEJO

Os principais hormônios utilizados na sincronização são progesterona, valerato de estradiol, benzoato de estradiol, gonadotrofina sérica eqüina (eCG) e prostaglandina. A primeira escolha é a do dispositivo à base de progesterona. O mercado oferece implantes de silicone auricular e intra-vaginais. A partir daí se escolhe o restante dos produtos e o volume a ser aplicado.

A partir desse ponto é necessária muita atenção. É fundamental que o protocolo seja rigorosamente obedecido.

No caso do implante na orelha, é necessário que a contenção da cabeça seja firme. Fêmeas ariscas costumam estressar nesse momento, e isso precisa ser considerado. O animal deve estar tranqüilo.

O local ideal de implantação é no meio da orelha, evitando as veias subcutâneas. Não se deve realizar o implante próximo ou na base da orelha, pois a pele não está fixada à cartilagem. Nesse caso o implante pode se deslocar sob a pele.

A higienização deve ser feita antes e depois do implante, evitando a contaminação e o comprometimento da liberação do produto. Além disso, o movimento da aplicação deve ser preciso, para evitar cortes grandes, comprometer a cicatrização e aumentar o risco do implante sair antes do tempo previsto, comprometendo o tratamento.

O mesmo vale para a retirada do implante. A incisão que é feita logo abaixo do implante deve ser precisa, sem exageros, o ambiente no curral deve ser de tranqüilidade, o animal estar calmo e o local higienizado.

No caso dos dispositivos intra-vaginais, vale a pena enfatizar que a higiene é essencial, a vulva deve ser lavada com água corrente e seca com papel toalha. Durante a aplicação, é importante evitar levar restos fecais para o interior da vagina.

O médico veterinário Sérgio Barros Gomes, recomenda que a mesma atenção com a limpeza da vulva no momento da aplicação deve ser observada na hora da retirada.

“A tração deve ser firme, porém vagarosa, e puxar o dispositivo intravaginal através do rabicho de plástico exposto, até que a retirada esteja completa”.

O dispositivo precisa ser lavado em água corrente. Em seguida, deve-se colocá-lo em um balde contendo dióxido de cloro ou iodopovidona a 10%, por 15 minutos. Secar o implante com papel toalha e guardá-lo na embalagem original até a próxima utilização. AGULHAS, SERINGAS, FRASCOS E GELADEIRAS

Alguns hormônios usados precisam ser conservados em geladeira, como o benzoato de estradiol, por exemplo.

Durante o trabalho no curral, deve-se manter tais produtos em caixa térmica. Para evitar a troca dos produtos no momento da aplicação, recomenda-se armazenar as seringas já com as doses certas e, com um adesivo, identificar a data e hora da aplicação. Não esquecer que no caso de protocolos diferentes, é preciso identificar o lote.

A manipulação deve ser feita adotando-se critérios máximos de higiene. Lavar bem as mãos antes de manipular os frascos e inserir agulha e seringa nova e esterilizada para a retirada.

Agulhas e seringas reutilizadas, são um risco de contaminação, e podem comprometer a viabilidade do produto. Nesse caso, recomenda-se a esterilização de agulhas e seringas utilizadas.

Como a aplicação é feita por via intramuscular, o ideal é seringa pequena (para precisão de dose) e agulha longa e fina - 40 x 8 - para aprofundar a aplicação. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O médico veterinário deve estar de acordo com o pecuarista no que diz respeito ao estado corporal das fêmeas, custo e resultado do protocolo e manejo.

Acompanhar as promoções e as novidades do mercado, e investir no treinamento do pessoal, não só na inseminação, mas na aplicação do protocolo todo, é a melhor forma de maximizar resultados.
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