Os preços da reposição estiveram em alta em boa parte de 2008, sustentados pela forte procura e oferta reduzida em todo o País.
Somente a partir de meados de agosto, começaram a ceder. O movimento de baixa ganhou um pouco mais de força em outubro, em função do enfraquecimento do mercado do boi gordo. A oferta aumentou ligeiramente nessa época, mas a falta de compradores e as cotações do boi gordo em queda foram os fatores que mais colaboraram para os recuos da reposição.
PREÇOS ALTOS
Analisando o comportamento do mercado ao longo de 2008, é possível indicar que o mercado “ferveu” entre julho e agosto. Os preços atingiram o ápice nesse período. Alguns invernistas, na empolgação de que o boi gordo chegasse a R$100,00/@ em outubro (o contrato futuro para outubro na BM&F alcançou valores próximos de R$100,00 nessa época), tornaram-se mais agressivos nas compras e pressionaram positivamente o mercado.
Para aproveitar as boas perspectivas do mercado do boi gordo para o final do ano, bois magros foram negociados em mais de R$1.200,00/cabeça, o equivalente a quase R$100,00/@, nas principais praças de confinamento.
Os bezerros (desmamas) chegaram a ser negociados por mais de R$750,00/cabeça, o equivalente a cerca de R$135,00/@, no Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Passada a euforia, os preços continuaram firmes, mas os negócios bem acima da média começaram a acontecer com menor freqüência. Até que se extinguiram.
De agosto em diante os preços da reposição recuaram, como pode ser observado na tabela 1.
Por mais que a oferta ainda seja pequena, os compradores passaram a se mostrar menos ativos.
Além do mais, as relações de troca do final do ano também desestimularam os negócios. Muitos invernistas têm preferido prorrogar as compras.
Veja na figura 1 as relações de troca entre boi gordo, boi magro e bezerro, ao longo de 2008, no Mato Grosso do Sul.
Para 2009, a expectativa é de mercado pouco ofertado, pois o momento ainda é de “recomposição” do rebanho depois de anos de descarte forçado de matrizes.
De toda forma, os preços podem oscilar de acordo com o comportamento do mercado do boi gordo, sendo que o ágio pago pela reposição ainda se encontra relativamente elevado (acima da média).
Historicamente, a arroba do bezerro, por exemplo, vale entre 4% e 6% mais que a do boi gordo.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>