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Scot Consultoria

Cadê a china?


Terça-feira, 21 de setembro de 2021 - 12h00

O assunto que mais movimentou o mercado nesta semana foi a ausência de resposta da China com relação aos dois casos atípicos de EEB comunicados pelo Brasil no início de setembro. Com a OIE dando o caso por encerrado e mantendo o Brasil com o mesmo status de antes do acontecimento, a expectativa era que a suspensão dos embarques fosse resolvida mais rapidamente, porém até o momento não foi isso o que aconteceu.


O que não faltam são boatos e rumores de quando essa suspensão seria levantada e as maiores apostas ficam para 17/09, pelo simples fato de que nessa data completaria exatamente o mesmo intervalo de tempo que a China levou em 2019 para voltar a liberar as exportações. Até o momento, no entanto, não existe nenhuma posição oficial nem dos chineses e nem do MAPA sobre quando a suspensão dos embarques seria levantada. A expectativa é que isso ocorra no curto prazo, porém cada dia que se passa sem a confirmação aumenta a apreensão de pecuaristas, frigoríficos e todos ligados à pecuária de corte no Brasil.


Talvez mais importante do que quando a China voltará às compras, seja a sua decisão com relação à carne já produzida e certificada para esse mercado, estocada nos portos e câmaras frias das indústrias. O volume exato produzido e não embarcado é difícil de se saber, porém os números convergem para algo ao redor de 100 mil toneladas, volume que, se for verdadeiro, é mais do que um mês inteiro de exportação para esse mercado. Com o custo da estocagem de produtos congelados altíssimo, o escoamento desse produto deve ser a prioridade número 1 das indústrias e, caso não ocorra na velocidade e nas condições mais favoráveis, tende a causar impactos negativos mesmo que a liberação de novos embarques ocorra no curto prazo.


Toda a expectativa agora está para 17/09, pois além de ser o mesmo intervalo de tempo que levou a suspensão do último embargo, na semana que vem a China tem um feriado prolongado no início da semana, de modo que se alguma posição oficial não for comunicada amanhã, ficaria provavelmente para o final da próxima semana, prolongando o sofrimento de todos no mercado.


Enquanto nenhuma definição acontece, o mercado futuro segue com uma volatilidade extrema, oscilando ao sabor das notícias e rumores do momento, causando fortes oscilações e gerando movimento de stops de comprados num momento e de vendidos no outro. Com toda essa oscilação aleatória, este não é um momento recomendável de se montar posições especulativas, a não ser que você saiba exatamente o que está fazendo, os riscos que está correndo e tenha estômago para aguentar grandes oscilações. Para quem precisa de proteção, movimentos fortes de alta devem ser encarados como boa oportunidade de fixação de preços mais favoráveis ou de compra de seguro de preço mínimo se aproveitando do movimento.


TABELA 1. Mercado futuro do boi gordo na B3 - R$/@, à vista.



Fonte: Cepea/Esalq - B3


 



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