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Scot Consultoria

Volatilidade em Baixa


Segunda-feira, 16 de agosto de 2021 - 12h00

O mercado do boi gordo tem estado tão parado, que tem dado sono em seus participantes nas últimas semanas. Simplesmente não tem havido nenhuma notícia ou movimentação de preços relevante que consiga mudar a baliza vigente em São Paulo ao redor dos R$ 315,00/@. Nem mesmo as escalas mais longas dos últimos 2 anos foram suficientes para que a indústria conseguisse exercer alguma pressão baixista nas cotações.


Toda essa calmaria do mercado físico acaba impactando também no mercado futuro, que sem nenhuma grande notícia viu seu volume de negócios despencar no período. A consequência disso e da menor movimentação de preços é uma queda forte na volatilidade, o que impacta diretamente no preço das opções, deixando-as mais baratas. Acompanhe no quadro abaixo, os preços de algumas opções de seguro de preço mínimo para outubro simulando 2 níveis de volatilidade, um de 18% vigente antes dessa paradeira e outro de 14% depois, tendo o mesmo preço do contrato de outubro como referência, ou seja, R$ 323,50/@.


Tabela. 1. Simulação de dois níveis de volatilidade (18% e 14%) para preços de seguro de preço mínimo para boi gordo no mês de outubro.



Fonte: Radar Investimentos / Broadcast


TABELA 2. Mercado futuro do boi gordo na B3 - R$/@, à vista.



Fonte: Cepea/Esalq - B3


A resiliência do mercado até o momento tem sido impressionante, já que a oferta de boi gordo tem sido grande e suficiente para alongar as escalas para até mais de 15 dias em muitos casos, sem, contudo, gerar nenhuma queda de preços relevante até agora. A impressão que fica é que o medo de uma possível falta de bois frente é maior do que vontade de comprar mais barato e nessa situação, o fluxo de oferta atual é aproveitado para alongar escalas e não para testar recuo de preços.


Nesse cenário de preços estáveis e aparentemente sem nenhuma grande ameaça à frente, o barateamento do seguro de preço mínimo é uma boa notícia, pois ele pode ser uma alternativa à fixação direta dos preços com a indústria, investindo-se um valor pequeno para ter um preço mínimo bastante razoável e podendo aproveitar maiores altas futuras, caso venham a ocorrer. É sempre bom lembrar que 65% de nossa exportação está indo para um só destino (China) e por mais que eles precisem muito de nossa carne, qualquer diminuição inesperada do fluxo comercial para eles pode causar grande impacto nos preços no Brasil. 



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