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Scot Consultoria

Dólar em queda


Quarta-feira, 2 de junho de 2021 - 14h40

Todos que estão de alguma forma envolvidos na cadeira produtiva da pecuária de corte sabem da  enorme importância das exportações para o escoamento de nossa produção e para a precificação do boi gordo no Brasil, por isso, quando o dólar tem algum movimento grande, seja de alta ou de baixa, as atenções de todo o setor exportador se voltam para a moeda norte-americana. 


Nas últimas semanas, à medida que as notícias sobre o ambiente macroeconômico do Brasil vieram mais positivas, com crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) maior que o esperado, aumento da arrecadação federal e a trajetória da divida mais controlada, o dólar foi perdendo força e entrou em uma forte tendência de baixa, chegando a ser negociado abaixo dos R$ 5,08 até o meio dia de 2/6. 


A queda do dólar somada a alta do boi gordo em reais acaba tornando nosso produto mais caro para o importador e dificulta nossas vendas no mercado externo. Acompanhe na figura 1 a evolução do preço da nossa arroba cotada na moeda americana.


Até hoje, nosso preço máximo em dólares foram os US$69,00 de novembro de 2010, porém, em nenhum momento até hoje conseguimos nos manter de maneira sustentável acima do patamar de US$60,00/@. Atualmente estamos em US$ 61,00/@ e, caso o dólar permaneça nessa tendência de queda, o preço da nossa arroba em dólares tenderá a subir nas próximas semanas, o que pode levar as indústrias a tentar impor alguma pressão baixista no boi gordo.


Com a alta dos grãos, o custo de produção de todas as proteínas está em alta no mundo e isso deixa poucas alternativas para nossos clientes (sobretudo a China) substituírem as nossas importações, porém, um movimento dessa magnitude sempre vem acompanhado de tentativas de diminuição nos preço em dólares de nossa tonelada exportada, endurecendo as negociações.


A situação de oferta nas próximas semanas tende a ser a mais apertada do ano até agora, o mercado interno vai seguir com dificuldades de absorver a produção e, caso a indústria tente impor recuos de preço por uma possível dificuldade na exportação, a resistência tende a ser muito forte. Vamos acompanhar as cenas dos próximos capítulos.




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