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Scot Consultoria

Abates em alta, carne em baixa


Quinta-feira, 6 de julho de 2017 - 14h40

A indústria aproveitou o aumento da oferta e a queda dos preços causadas pelo fim de safra, aliado ao redirecionamento das ofertas por conta dos problemas com o JBS, e aumentou de forma significativa os abates nas últimas semanas. Além do anúncio da reabertura de algumas unidades produtivas, muitas indústrias passaram a abater com escalas cheias e retomaram abates aos sábados, causando um grande aumento na produção de carne.


Toda essa “empolgação” da indústria se justifica, já que a margem estava em patamares muito positivos e que há muito tempo não eram observados. A questão foi que esse aumento de produção está tendo impacto bastante significativo nos preços da carne com osso, que vem apresentando quedas nas últimas semanas. Acompanhe na figura 1.


O fato é que mesmo com essa queda nos preços da carne, a margem continua favorável, historicamente acima da média, e a questão que se coloca é se a indústria vai continuar com o mesmo apetite de compra, abrindo mão de margem, ou se ela diminuirá o ritmo de abates para preservação das margens, o que se refletiria em maior pressão no mercado físico de boi gordo.


A boa notícia da semana foi que o mercado futuro aos poucos vai deixando o pânico para trás e o contrato de out/17 conseguiu subir até de forma consistente, recuperando patamares acima dos R$127,00/@ e voltando a colocar ágio, mesmo que pequeno, na curva futura. A situação, embora longe de ser confortável, é bem melhor do que o enorme deságio que os preços futuros vinham apresentando nas últimas semanas.


Diante de todas as incertezas que ainda estão presentes na pecuária atualmente, é pouco provável que o mercado futuro tenha força para conseguir retomar um ágio mais consistente com o período de entressafra, ainda mais tendo como cenário um mercado físico pressionado como o atual. A boa notícia é que com os diferenciais de base fechando o resultado operacional de quem usou a BVMF para proteger operações fora de São Paulo está mais favorável. Torcemos para que continue assim.




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